segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Tatuagens

A minha sobrinha, de uns 35 anos, orgulhosamente apresentou no Facebook uma enorme tatuagem nova, acho que é uma fênix, no ombro e no braço. Ela já tem umas tatuagens pequenas espalhadas pelo corpo, no pescoço, na perna e o nome da filha no pulso. Se tem outras não me lembro. Mas esta nova agora é enorme.
Não sei o que pensar. O desenho é lindo mas as tatuagens de um modo geral me parecem uma mutilação do próprio corpo. E pensar que são definitivas ou pelo menos são muito difíceis de se remover.
Entendo que é a empolgação da juventude, a celebração da beleza, mas um corpo todo tatuado deve enjoar com o passar do tempo, não é não?
Fora a dor que deve ser para fazer estes desenhos e é isto que me assusta. Passar por sessões de dor para maculação para mim é imcompreensivel. 
Enfeitar o corpo sempre foi desejável e é bonito, principalmente as mulheres amam fazê-lo. Mas definitivo e com dor? Não concordo. Há maneiras muito mais simples de enfeite como as maquilagens, as roupas e as jóias ou bijuterias e que tem a vantajem de poder variar sempre.
Mostrei a foto para minha mãe de 90 anos e ela ficou escandalizada. No seu jeito seco e simples exclamou: "isto é coisa de índio".
Nos últimos  anos tenho andado muito em hospitais e pronto-socorros com a minha mãe e visto muitos velhinhos serem atendidos. Muita velhice e sofrimento mesmo. Agora fico imaginando essa nova geração com a moda das tatuagens chegando na velhice. Os belos desenhos todos enrugadinhos e flácidos. Deve ficar um horror.
Desculpe sobrinha, mas é o que penso e dentro em breve verei ao vivo mas não espere empolgação.






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