quinta-feira, 30 de junho de 2011

Eu, hein?

Eom meu filho, nm Castrillo de Murcia, no norte da Espanha, há uma estranha tradição  católica desde 1620 em que homens fantasiados de diabos saltam sôbre dezenas de bebês deitados sôbre tapetes na rua. Êste perigoso hábito tem como finalidade caçar os demônios da vila e dar esperança de vida saudável e próspera para os recém nascidos.


quarta-feira, 29 de junho de 2011

Um nome revelador

Em 1976 nasceu meu único filho e dei-lhe o nome Ingo. Era homenagem a um amigo e também porque achava que seria um nome alemão combinando com o sobrenome e também fácil para os brasileiros entenderem e grafarem. Nisto enganei-me redondamente. As pessoas confundem com Igor e o meu filhote se aborrece e não gosta do seu nome.
O mais estranho da história deste nome, porém, foi o meu pai reticente com a minha escolha. Até então não se metera em nomes de netos. Fiquei cismada e perguntei o porquê da má vontade com o nome do meu filho.
Contou-me então uma história escabrosa e patética.
Sempre nos dizia orgulhosamente que nunca compactuou com o nazismo, nunca se envolveu e nunca foi soldado. Foi para-militar na aeronáutica na época da guerra como já contei aqui.
Mas acabou revelando envergonhado, somente em 1976, que teve um primo distante  que foi de alta patente da SS alemã e ainda por cima era gay. Quando a SS descobriu seu homosexualismo foi encurralado numa sala perto da janela em prédio alto e deram-lhe um revolver e mandaram-no escolher: ou pula ou se mata com a arma. Pulou... O nome  dêle era Ingo!!
Achei engraçado associar um simples nome à figura.
Acho que hoje seria apenas tachado de cuecão de couro, né não?

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Boataria sensacionalista

Na sexta-feira escreví aqui sôbre um crime ou suicídio no condomínio onde moro. O defunto foi encontrado na caixa d`água.
Como, num primeiro momento, vendo as emissoras e a polícia na porta de casa, interfonei para a portaria para saber do que estava ocorrendo. O porteiro disse que não podia falar nada por ordem da polícia.
Como precisava fazer umas compras no mercadinho, descí e o zelador e o porteiro continuavam a se recusar a falar. Na calçada os repórteres estavam aglomerados falando com todo mundo que saía do prédio. Saí também. Eu abordei a jornalista da Record, mas recusei entrevista, para perguntar o que faziam alí e ela me contou o seguinte: foi encontrado um defunto, morador do sétimo andar, na caixa d`água do prédio. Disse-me o nome do morador e eu afirmei que não o conhecia. Perguntou se eu não havia percebido o mau cheiro da água. Neguei, tendo engulhos. Afirmou categoricamente que os moradores teriam reclamado da água e por isso o morto foi encontrado pelo zelador.
Fiz minhas compras, aproveitei para trazer água imaginando que a água do prédio seria desligada. Ao passar pela portaria falei sôbre a questão da água com o zelador que se limitou a dizer que o morto fôra encontrado num reservatório isolado e que o abastecimento estava normal. Não havia nenhum aviso nos elevadores sôbre qualquer providência. Fiquei muito preocupada e com nojo, sem saber em quem acreditar.
Os noticiários de sensacionalismo deram matérias sobre o caso ao cair da noite, assim como também a Globo no SPTV e a RedeTVNews. Também vários sites.
Mais tarde, já noite, quando as coisas se acalmaram liguei novamente para o porteiro que, já mais falante, informou que os jornalistas inventaram a história toda da água com mau cheiro e por isso o zelador teria encontrado o falecido. O fato era que ninguém reclamou da água, o reservatório é isolado do abastecimento geral e serve apenas ao solarium no alto do prédio, cujas grades e cadeado estavam arrombados e isto foi notado pelos faxineiros que faziam a limpeza do local.
Pode? Jornalistas inventando notícias e alarmando os condôminos?!!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Fato macabro

Moro num condomínio em Moema e hoje está particularmente agitado. Estamos com as TVs Record, Band, Globo e outros na porta desde o meio dia, bem como a polícia e os bombeiros.
Aguarda-se ainda a  Polícia Científica e o IML. A rua está interditada e lotada de curiosos.
Fui saber do que se trata e descobrí que um morador que não conhecia foi encontrado morto na caixa-d`água. Argh! O defunto teria sido descoberto pelo zelador do prédio às 11:40 hs. da manhã, segundo notícias do portal R7, pois moradores se queixaram do odor da água. Por sorte é do bloco dos fundos e eu moro no bloco da frente. Ufa! O zelador e os porteiros estão proibidos pela polícia de falar sobre o assunto.
Daqui da janela do 3. andar estou assistindo tudo. O que mais chama a atenção são as horas desperdiçadas pela polícia aguardando providências dos bombeiros, polícia científica, etc. Os reporteres e seus carros estão há 4 horas parados caçando notícias e tentam entrevistar todo mundo que entra e sai do prédio. Muitos moradores dispuseram-se a dar entrevistas. E pelo que estou observando ainda ficarão um bom tempo por aqui, filmando portão, grade, entrada da garagem, o alto do prédio, as palmeiras, etc. Só não sei para quê. Incrível é o tempo perdido para gerar uma notícia que vai perder-se no cipoal das informações de violência dos jornais da noite como o mistério do dia. E, dependendo do que se apurar, ainda vai povoar os noticiários da semana. Ou não...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Advogados...

Lá fui eu de novo ao TRT, no famoso e sinistro prédio do Lalau, atrás de minha reclamação trabalhista qual seja, trabalhei e não recebí.
Fui bem cêdo pois a audiência era às 9:30 hs e não quis ficar entalada no trânsito de tôdas as manhãs de São Paulo, e noites também, e o resto do dia também. Fiquei esperando por lá até dar a hora de subir para o encontro com meu advogado. Meu testemunha também chegou bem cedinho. Só quem não chegou foi o advogado. Fiquei lá aflita na sala de espera barulhenta e apinhada de gente.
Os advogados da Gazeta Mercantil (sempre vem uns três ou quatro), munidos de volumosas pastas, chegaram a esboçar sorrisos irônicos com a não chegada do aguardado Dr. Wladimir.
A audiência foi anunciada e lá fui intrépida sem o meu patrono em juridiquês. Os advogados da reclamada atacaram virulentamente a minha causa e eu lá sem poder abrir  a boca. O juiz-auxiliar até que foi bonzinho e acabou por concordar em marcar nova audiência para o próximo mês. Tive sorte.
Duas horas depois o ilustre Dr. Wladimir liga avisando que esqueceu de agendar a audiência.
Mamma mia, será que ainda nesta encarnação todos os gazetianos receberão o que é justo e devido?

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Bibliotecárias

Hoje, sem um motivo especial e do nada, a profissão de bibliotecárias ganhou uma singela homenagem.
Na verdade, mais do que a profissão, quem ganhou homenagem foi o livro, os livros, a biblioteca e as bibliotecas.
Ignácio de Loyola Brandão em sua crônica de hoje no Estadão homenageia todo o saber. E isso é muito bom. Homenageia as bibliotecas públicas, a busca e o encontro dos livros nas estantes, o encantamento do saber, a distração do romance, o devaneio poético. E homenageia as bibliotecárias como sendo a luz-guia do ambiente.
Eu nunca trabalhei em bibliotecas públicas, escolares ou outras que tivessem em seu acêrvo os livros de leitura de lazer. Sempre exercí minhas atividades em emprêsas, lidando com acervos técnicos e econômicos, lidei com estatísticas e tabelas, normas técnicas, lidei com mapas e acervos de desenhos. Precisei muito da informática para criar bancos-de-dados de informações, recuperação de matérias de jornal, imagens, etc. E sempre fui solicitada a fazer pesquisas, muitas pesquisas. Nos livros, revistas, jornais e muita internet. E era disso que eu mais gostava.
Assim, acho que também fui uma luz-guia...

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Bicicletas no trânsito

A polêmica das bibicletas no trânsito não para. Corre solta no Facebook e Twitter.
Hoje um imbecil (recuso-me a citar o nome) escreveu ao Estadão que o empresário morto no dia 13 último simplesmente não deveria estar lá. Nega-lhe o direito fundamental de ocupar o seu espaço na metrópole. É mais ou menos como dizer que uma vítima de assassinato também errou por estar diante do algoz. Cada uma!
Eu acho ótima esta discussão tôda pois sou mãe de pedaleiro e quanto mais discussão houver, melhor, pois a populacão fica mais alerta e meu coração de mãe mais sossegado.
Na site da Época tem uma matéria do Milton Jung que achei muito boa pois descreve bem a polêmica tôda e aponta melhorias.
Que venham as melhorias...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Estragos na America's Cup

Em São Francisco, na Califórnia, a equipe Oracle está treinando para a mais tradicional das regatas do mundo e nesta edição estão velejando barcos catamaran, os multicascos.
O que não estava no programa era uma espetacular capotada do barco e a queda de um dos tripulantes pelo meio da vela, que rasgou, durante uma regata-demonstração. O comandante é o muito famoso neo-zelandês Russel Coutts, quatro vêzes campeão da America's Cup.
Veja:

terça-feira, 14 de junho de 2011

Pena que não tem som

Em Narathiwat, ao sul da Tailândia, há um concurso anual de canto de pássaros. Este ano foi realizado em 12 de junho.
Leva-se em conta a melodia, as nuanças e mesmo a duração do canto. Após horas e dias de repetição os pássaros estão prontos para o julgamento.


segunda-feira, 13 de junho de 2011

Brasilidades

O Cesare Battisti está lindo, leve e solto.
Diz que vai escrever um livro sôbre o Brasil pelo ângulo dos tipos que encontrou na prisão. Segundo o que escreveu Francisco José Sidoti ao Estadão no domingo, o Lula vai ser o tradutor, revisor e editor. Perfeito!
A Itália diz que vai recorrer aos tribunais de Haia para requerer a extradição.
Falta só êle descobrir que basta ter um filho brasileiro e seus problemas estarão resolvidos ad eternum.
Lembram do Biggs?

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Para os fãs de automóveis

Quando se fala no suíço Le Corbusier pensa-se logo em arquitetura, planejamento urbano e design de móveis.
Agora o professor de arquitetura espanhol Antonio Amado apresenta um plano nunca executado de um automóvel desenvolvido por Corbusier, grande fã do automobilismo,  feito em meados dos anos 30, projeto denominado Voiture Minimum
Lembra muito o Fusca e o Citroen CV:


Vale a pena ver a série de fotos

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Me dá um dinheiro aí...

A Casa Civil é implacável com os seus ministros? Ou tem mel onde todos querem se lambuzar? Caiu Zé Dirceu, caiu Erenice e agora o Palocci sai de fininho pela porta dos fundos fazendo cara de anjo, sem revelar seus clientes e dizendo-se inocente. Mas saiu com língua e rabo preso.
Com quase 6 meses no poder teve tempo de renovar e fazer excelentes novos contratos, ôps, contatos e vai aumentar os preços das suas consultorias.
É maracutaia e mais maracutaia envolvendo os petistas em seu projeto “20 anos no poder”.
Mas se gritar “pega ladrão”não sobra um meu irmão...

terça-feira, 7 de junho de 2011

Castigos modernos

Sabe aquêle castigo que você recebia quando era criança e fazia alguma traquinagem? Tinha de escrever 100 vêzes “eu não devo...”
Pois é, nos tempos de redes sociais a coisa ainda funciona: um malásio escreveu em seu Twitter que sua amiga grávida fora maltrata pelo seu empregador. A empresa queria processar o moço mas houve um acôrdo entre as partes.
O juiz determinou que o homem, em três dias, deveria twittar 100 vêzes uma frase desculpando-se perante a emprêsa. O motivo das twitadas é que o malásio não tinha recursos para colocar um anúncio num jornal local.
Fez os tweets a cada 35 minutos.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Seleção

Sei não, sei não...
No jogo de sábado entre Brasil e Holanda, que terminou em 0 x 0, o genial Neymar novamente se mostrou imaturo jogando-se ao chão feito criança birrenta para cavar umas faltas, pensando que o juiz é burro. Ou está com labirintite? Alguém tem de avisá-lo que isto não pode acontecer num jogo de seleção. Aliás, em jogo nenhum.
De resto não achei o jogo ruim mas faltaram as finalizações e o côro de vaias foi pertinente. A Holanda, nossa carrasca da Copa, deu mais sustos mas temos bom goleiro.
Mas o que me chamou a atenção novamente foram aqueles números ridículos nas camisas dos nossos jogadores e os atletas estavam sem os nomes  para identificação. Porque? Estará a CBF economizando tinta para pintar o Itaquerão?
O que mais me assustou foi o Ramirez, expulso por atitude violenta. Deveria ser banido da seleção. Não se pode ter no time alguém que sofre de descontrôle emocional e ameaça o trabalho de todo um conjunto.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Meu primeiro dia de aula

Já contei aqui que quando era menininha via meus irmãos  irem para a escola e morria de vontade de ir também. Desejava ter uma mala, cadernos e lápis para escrever.
Finalmente um dia deu-se a grande aventura. Morávamos em um espécie de sítio em Campos do Jordão e o motorista Nelson levava meus irmãos à escola pública. Um belo dia pude ir também, logo pela manhã. Peguei a nova mala, ai que delícia, vestí o uniforme e fui feliz.
Chegando no pátio meus irmão desapareceram e fiquei sem saber para onde ir. Tocou o sinal e as crianças sumiram em suas diversas salas e eu lá, plantada. Sentei num banco e fiz o quê? Chorei. Apareceu uma doce freira que quis saber o que fazia ali chorando. Expliquei-lhe que não sabia para onde ir. A freira perguntou o meu nome e consultou listas do quadro de avisos e disse-me que eu deveria voltar à tarde pois estava matriculada para este turno. Dei-lhe a entender que a minha mãe havia me mandado de manhã, não tinha como voltar para casa sozinha pois era muito longe e se minha mãe assim disse, assim teria de ser. O tempo passava.
Ouvia as crianças tendo aulas pela janela das salas eu lá no banco. A freira desapareu por um tempo e depois voltou dizendo que já havia arrumado uma sala para eu estudar de manhã. Conduziu-me à classe mista, sentou me na primeira fileira e logo pressentí que havia perdido um monte de coisas. Na lousa estava escrito “eu vejo uma tatu”. Aprendí rapidinho e adorei. Lembro me inclusive do nome da professora: Clímenes. Estava toda de preto e impressionei-me pois contaram que ela havia perdido o marido há pouco tempo.
Tempos depois entendí o que havia acontecido: meus pais não ainda não dominavam o português e, na hora da minha matrícula, não entenderam que eu deveria estudar à tarde.
Ainda bem que a doce freirinha resolveu a questão rapidamente.