terça-feira, 30 de agosto de 2011

Pedestre

Pedestre
A prece, o passo


Microcrônica muito verdadeira de Marcelino Freire no Estadão de 22/08/2011.
Sou pedestre e desconfio de cada automóvel.


domingo, 28 de agosto de 2011

Furacão Irene


O furacão que chegou a Washington, nos EUA, como tempestade tropical neste fim-de-semana não perdeu a oportunidade de fazer um estrago bem simbólico no Capitólio.


terça-feira, 23 de agosto de 2011

De acôrdo com as circunstâncias



Quando jovens penteamos nossos cabelos de acôrdo com a moda do momento.
Ao ficarmos velhos penteamo-nos de acôrdo com os cabelos que ainda temos no momento.


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Elegância


De vez em quando ainda acho que tô podendo.
Já escreví isto aqui há poucos dias quando me candidatei, vejam só, à um emprêgo no British Council.
Fui chamada para uma entrevista e já ousei sonhar com um ótimo emprêgo e salário, ótimas condições de trabalho, etc. em instituição séria.
Lá fui eu para a entrevista mas até agora não sei como fui, pois o meu inglês não saiu lá muito bem. Mas o que quero contar é que os entrevistadores foram tão politicamente corretos que em nenhum momento tocaram no assunto idade e não pediram documentos para constatar. Ativeram-se ao roteiro que tinham pré-estabelecido e afirmaram que em um dia dariam a resposta.
E a resposta veio na sexta-feira passada com elegância ímpar: “decidimo-nos por outra candidata que se sobressaiu ainda mais que você”.
Mais elegante não poderia ser, não é mesmo?

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Maracutaia


Refletindo sôbre a corrupção geral que assola êste país, não consigo chegar a outra conclusão do que o maluco norueguês Breivik que, num manifesto, teria dito que aqui no Brasil todo mundo é ladrão. Aqui temos roubalheira em todos os níveis da administração pública e todo tipo de crimes na esfera privada.
A percepção que tenho é que piora a cada dia.
Sabe-se que na esfera privada também há corrupção, principalmente nas empresas grandes. Há corruptos e corruptores. Os departamentos de compras são sempre os mais suspeitos.
Meu pai, nos idos dos anos sessenta, viveu uma situação escabrosa numa renomada montadora de caminhões.
Êle era o gerente geral noturno da fábrica e observando a linha de produção, o almoxarifado e demais serviços envolvidos com a fabricação descobriu que havia uma quadrilha que roubava fabricando e vendendo caminhões por fora. Atribuiu o fato a contrôles mal feitos e lutou para melhorá-los. O estranho é que não era ouvido mesmo tendo avisado da roubalheira.
Resolveu então radicalizar.
Conseguiu êle mesmo fabricar um caminhão fora dos controles e apresentá-lo na manhã seguinte à diretoria. Aí não teve jeito e a diretoria teve de  tomar providências para evitar novas roubalheiras.
Para o meu pai o resultado foi uma séria ameaça de morte. Teve de andar com seguranças durante bom tempo.
É, isto foi nos anos sessenta! Hoje só está pior e mais refinado e não tenho nenhuma esperança de que melhore. 

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Pirataria à la comunismo

Na União Soviética dos anos quarenta e cincoenta e até mesmo até os anos setenta houve uma estranha pirataria que circulava no mercado negro escondida dos olhos da polícia soviética que vigiava tudo e todos contra as perniciosas influências ocidentais.
Os jovens queriam ouvir rock, blues e jazz e um cidadão russo de Leningrado, Stanislaw Filon, descobriu algo sensacional: como tinha um aparelho  Telefunken para reprodução de som e imagem conseguiu gravar músicas em chapas de raio-X, isso mesmo, chapas de raio-X usadas. Iniciou próspero studio de venda de rock e outras músicas proibidas na calada da noite e ganhou bom dinheiro.
Pouco depois foi superado por outro cidadão, Ruslan Bogoslowskij, que aumentou a produção conseguindo as chapas de raio-X gratuitamente em clínicas e hospitais que haviam recebido ordens do Corpo de Bombeiros de destruí-las por serem altamente inflamáveis.
Assim o mercado negro ficou inundado de discos de raios-X de Elvis, Beatles e outros com crânios, esqueletos ou pernas quebradas de ilustração de fundo. Para tocar bastava colocar um disco rígido embaixo e, apesar de chiados e demais ruídos, a moçada adorava e consumia vorazmente.
O pirateador foi preso várias vezes e sempre voltava aos negócios de “influência criminal” segundo as autoridades comunistas. O grande negócio desapareceu rápidamente com o surgimento, nos anos sessenta, das fitas cassete, quando então os fãs reproduziam suas próprias músicas sem ossos como desenho de fundo.
Hoje  ainda há alguns destes discos em museus russos.




Matéria e ilustrações engraçadas na Spiegelonline

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A moda acabou?

Nos últimos dias tive de lidar com vários serviços de atendimento ao cliente, os famosos e odiados SAC.
Tive de falar com a Vivo para mudar o plano do meu celular. Conseguí apenas após cinco ligações. Uma hora estavam sem sistema, outra hora havia alguma outra desculpa e a má vontade e a ineficiência reinaram.
Também tive de falar com o laboratório Campana para marcar exames para minha mãe. Até que deu bastante certo não fôsse o fato de o médico faltar no dia do exame e começar tudo de novo.
Ainda tive de enfrentar a Net que simplesmente e do nada cortou a minha internet. O SAC insistiu em dizer que eu havia pedido o cancelamento. Deu uma confusão danada e acho que ainda vai dar no futuro pois a incompreensão e as limitações das atendentes são surpreendentes.
O que quero comentar, no entanto, é a minha surpresa em observar que em todas as inúmeras ligações que fiz nenhum atendente falou em gerundismo, ninguém disse que vai estar verificando. Todos falavam normalmente.  
Pelo menos meu ouvido foi poupado.
Ainda resta uma esperança...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Aprendizado

Há mêses que meu filho montou seu escritório na minha casa e aproveitei para usar seus conhecimentos de informática o tempo todo.
Eu ainda não havia aprendido a postar neste blog os vídeos do YouTube e era êle que fazia isso para mim. Como amanhã o filhote vai embora, snifi, snif,  para trabalhar no escritório da esposa Letícia pedí que me fizesse um passo a passo dêste procedimento e êle o fez com competência. Aprendí rapidinho e aqui está o resultado: filhotinho velejando na Ilhabela e mamãe aprendendo o post:



segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Começou...


Começou em Cascais, Portugal, a America`s Cup, a mais tradicional regata de todos os tempos.
Desde 1851, tempo da rainha Vitória, é corrida em forma de desafio. Vários barcos velejam  eliminatórias entre sí para determinar quem vai desafiar o vencedor da edição anterior.
Embate dos mais lendários velejadores de todo o mundo como Sir Peter Blake, neo-zelandês assassinado por piratas no rio Amazonas, Paul Cayard, Dennis Conner, Russel Coutts, etc.  o caneco ficou em poder do New York Yacht Club durante 132 anos e a seguir foi conquistado pelos australianos.
Atualmente em poder dos suíços com o barco Alinghi, que será desafiado, a série de regatas está sendo desenvolvida por catamarans, os multi-cascos.


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Traquinagens na juventude

Quem não fez traquinagens na  sua juventude que atire a primeira pedra.
Eu fiz muitas, muitas mesmo. Muitas delas meus pais nunca souberam e se assim não fosse eu teria tido muitos problemas com êles. Mas sempre saí ilesa.
Só em uma delas quase que me dou mal.
Lá pelos meus dezenove anos eu e meus amigos íamos sempre à fazenda de uma delas, a Marion, em Itapetininga, São Paulo. Fazíamos muita bagunça mas sempre contávamos com o sorriso de compreensão e perdão do Dr. Bruno e da D. Erica, os pais da minha querida amiga. Um dia, no entanto, exageramos.
Pegamos a Kombi do Dr. Bruno e resolvemos ir à cidade. Só eu tinha autorização para dirigir porque já tinha carteira de motorista e os outros não. Acontece que um primo da Marion insistiu em dirigir o carro e eu não fui severa o suficiente em me impôr.
Aconteceu o óbvio: estrada de terra com pedregulhos e muitas curvas. O rapaz perdu o domínio sôbre a Kombi, freiou em plena curva e capotamos e giramos três vezes antes de tombar de vez. O motorista permaneceu em seu lugar, eu voei para trás e fiquei dando cambalhotas e minha amiga vôou para fora e escapou por pouco de ser esmagada pelo carro que estava tombando.
Ninguém se machucou seriamente, para nossa sorte, mas foi difícil encarar o bondoso Dr. Bruno. Voltamos de trator para a fazenda, recebemos muito chá de camomila e o resultado foi que tive de mentir dizendo que eu tinha sido a motorista por causa do seguro.
Mas cidade de interior é incrível pois no mesmo dia todo mundo sabia do ocorrido e todos comentavam que era o rapaz que estava dirigindo.
Quem mais se aborreceu e deu muita bronca foi o meu pai quando soube do ocorrido. Foi terrível.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Terei sorte?

De vez em quando dou uma de estou podendo.
Acabo de me candidatar a uma vaga de bibliotecária no British Council. Pela internet ví que o lugar é lindo. Visitei-os há muitos anos atrás e sei que são muito competentes na divulgação de informações da terra da rainha.
Preenchí um vasto formulário com todos os meus skills dos últimos dez anos, tudo devidamente em inglês, e descobrí que fiz um monte de coisas em paralelo além dos onze anos na Gazeta Mercantil.
De algumas coisas eu quase não lembrava mais. Puxa vida, como trabalhei!
E agora, serei recompensada por um bom emprêgo ou continuarei no meu dolce far niente? Pois pesa contra mim a idade...
Aguardem notícias, ou não!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Propaganda sobre o Brasil

No site da revista alemã Focus saiu a foto abaixo informando que no Rio de Janeiro são assassinadas 3,5 pessoas por dia pela polícia!
Isto será corrigido até a Copa e as Olimpíadas?

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Eu e a culinária

Não gosto de comer, não tenho o menor talento para cozinhar, não gosto da cozinha pelo lado de dentro.
Tem gente que tem o poder da transformação dos alimentos e o gôsto por fazê-lo. Confesso que sinto inveja. A minha mãe é uma delas pois consegue fazer um almôço delicioso com geladeira vazia. Definitivamente não herdei êste talento.
Muitas vêzes pergunto-me estupefata como conseguí criar o meu filho. Como foi que sobreviveu a anos de cozinhação apressada e sem graça?
O mais engraçado é que gosto de programas de culinária e sempre sonho que um dia cozinharei tão bem quanto esta turma de televisão. Aí vou tôda animada pro fogão, capricho daqui, me esmero dali, e o final é sempre o mesmo: rango. Não tem jeito! Paciência até tenho e agora que tenho tempo de sobra poderia fazer algo mais caprichado mas falta até vontade, paladar e sobretudo o famoso talento. Não tem onde comprar?
Ai, ai, ai. Mas virei uma exímia boleira: compro pacote pronto no supermercado, acrescento leite, ovos e manteiga e fica ótimo.