segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Pirataria à la comunismo

Na União Soviética dos anos quarenta e cincoenta e até mesmo até os anos setenta houve uma estranha pirataria que circulava no mercado negro escondida dos olhos da polícia soviética que vigiava tudo e todos contra as perniciosas influências ocidentais.
Os jovens queriam ouvir rock, blues e jazz e um cidadão russo de Leningrado, Stanislaw Filon, descobriu algo sensacional: como tinha um aparelho  Telefunken para reprodução de som e imagem conseguiu gravar músicas em chapas de raio-X, isso mesmo, chapas de raio-X usadas. Iniciou próspero studio de venda de rock e outras músicas proibidas na calada da noite e ganhou bom dinheiro.
Pouco depois foi superado por outro cidadão, Ruslan Bogoslowskij, que aumentou a produção conseguindo as chapas de raio-X gratuitamente em clínicas e hospitais que haviam recebido ordens do Corpo de Bombeiros de destruí-las por serem altamente inflamáveis.
Assim o mercado negro ficou inundado de discos de raios-X de Elvis, Beatles e outros com crânios, esqueletos ou pernas quebradas de ilustração de fundo. Para tocar bastava colocar um disco rígido embaixo e, apesar de chiados e demais ruídos, a moçada adorava e consumia vorazmente.
O pirateador foi preso várias vezes e sempre voltava aos negócios de “influência criminal” segundo as autoridades comunistas. O grande negócio desapareceu rápidamente com o surgimento, nos anos sessenta, das fitas cassete, quando então os fãs reproduziam suas próprias músicas sem ossos como desenho de fundo.
Hoje  ainda há alguns destes discos em museus russos.




Matéria e ilustrações engraçadas na Spiegelonline

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