sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Traquinagens na juventude

Quem não fez traquinagens na  sua juventude que atire a primeira pedra.
Eu fiz muitas, muitas mesmo. Muitas delas meus pais nunca souberam e se assim não fosse eu teria tido muitos problemas com êles. Mas sempre saí ilesa.
Só em uma delas quase que me dou mal.
Lá pelos meus dezenove anos eu e meus amigos íamos sempre à fazenda de uma delas, a Marion, em Itapetininga, São Paulo. Fazíamos muita bagunça mas sempre contávamos com o sorriso de compreensão e perdão do Dr. Bruno e da D. Erica, os pais da minha querida amiga. Um dia, no entanto, exageramos.
Pegamos a Kombi do Dr. Bruno e resolvemos ir à cidade. Só eu tinha autorização para dirigir porque já tinha carteira de motorista e os outros não. Acontece que um primo da Marion insistiu em dirigir o carro e eu não fui severa o suficiente em me impôr.
Aconteceu o óbvio: estrada de terra com pedregulhos e muitas curvas. O rapaz perdu o domínio sôbre a Kombi, freiou em plena curva e capotamos e giramos três vezes antes de tombar de vez. O motorista permaneceu em seu lugar, eu voei para trás e fiquei dando cambalhotas e minha amiga vôou para fora e escapou por pouco de ser esmagada pelo carro que estava tombando.
Ninguém se machucou seriamente, para nossa sorte, mas foi difícil encarar o bondoso Dr. Bruno. Voltamos de trator para a fazenda, recebemos muito chá de camomila e o resultado foi que tive de mentir dizendo que eu tinha sido a motorista por causa do seguro.
Mas cidade de interior é incrível pois no mesmo dia todo mundo sabia do ocorrido e todos comentavam que era o rapaz que estava dirigindo.
Quem mais se aborreceu e deu muita bronca foi o meu pai quando soube do ocorrido. Foi terrível.

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