Volvo Ocean Race - Chegada ao navio (2)

Estive fora do ar durante dois dias acompanhando minha mãe ao hospital e só agora publico o impressionante vídeo de carregamento dos preciosos barcos ao cargueiro armado que os levará ao oceano Índico. 
Farão nova largada para alcançar Abu Dhabi.

Volvo Ocean Race - Chegada ao navio

Os cinco barcos que estão competindo na Volvo chegaram em segurança ao porto secreto do Oceano Índico e estão sendo içados a bordo do cargueiro armado que os levará até o porto de Sharjah, no golfo Pérsico quando serão novamente lançados  ao mar para um curto sprint até Abu Dhabi.

A arriscada operação de içar os barcos de muitos milhões de dólares já está sendo realizada e acompanhada com apreensão pelos tripulantes. O cargueiro partirá amanhã. Tudo isto porque a região é perigosamente infestada de piratas e sequestradores.

Novamente o Team Telefonica venceu esta primeira etapa da perna 2, estando agora com 61 pontos. Em segundo lugar está o Camper, com 54 pontos.

Continuo torcendo e desejando que todos cheguem bem a Abu Dhabi.

 O Camper sendo içado ao cargueiro:

Barco a vela - Paulinho da Viola

Gosto muito de barco a vela como os atentos leitores já perceberam. Quem me conhece sabe que dediquei uma vida a eles.

Estando agora aposentada de uma vida de correria e vivendo no ócio, com espanto descobri uma poesia de Paulinho da Viola que me descreve. Na verdade não sei se é poesia ou canção o que no caso dele vem a ser a mesma coisa. O que quero dizer é que não descobri no You Tube, amigo de todas as horas, esta poesia sendo cantada e tampouco descobri no site do autor.

Que seja:

"Vou imprimir novos rumos

Ao barco agitado que foi minha vida

Fiz minhas velas ao mar

Disse adeus sem chorar

E estou de partida

Todos os anos vividos

São portos perdidos que deixo pra trás

Quero viver diferente

Que a sorte da gente

É a gente que faz

Quando a vida nos cansa

E se perde a esperança

O melhor é partir

Ir procurar outros mares

Onde outros olhares nos façam sorrir

Levo no meu coração

Esta triste lição que contigo aprendi

Tu me ensinaste em verdade

Que a felicidade está longe de ti"

Gostei muito. Se alguém conhece como música envie-me, por favor.

Feliz Natal

O espírito de Natal invadiu este blog.

Já estou cantarolando músicas de Natal, estou com os presentes das crianças prontos, tudo embrulhadinho. Quero ver os olhinhos brilharem de curiosidade.

Já estou pré-sentindo o cheirinho das cozinhas dos apartamentos do meu prédio com seus pernís, chesters, perus e demais quitutes assando. Hmmmm...

Só é pena que a minha mãe velhinha, que é craque na cozinha e costumava fazer biscoitos de Natal alemães, que eram disputados à tapas, este ano não estar bem e não ter condições de fazê-los. Uma pena.

Quando os fazia a cozinha exalava um cheiro maravilhoso de biscoitos amanteigados, de amêndoas, de mel  e de uvas passas que realmente anunciavam o Natal. Aromas inigualáveis. 

Desejo para todos um Natal feliz, alegre e com muito carinho e um Papai Noel generoso. E um feliz 2012 cheio de realizações e nenhum político corrupto... Será possível??

Novos problemas na Volvo Ocean Race

Esta edição da Volvo Ocean Race está dando o que falar devido ao grande número de problemas que os barcos estão enfrentando.

Agora é o Sanya que deverá abandonar a etapa porque descobriu defeito num dos estais, cabo de aço que segura o mastro. A questão é perigosa porque pode comprometer a estabilidade do mastro que pode cair e quebrar.

O Sanya estava neste momento em primeiro lugar, distante 200 milhas de seus perseguidores na perna Capetown - Abu Dhabi, na altura da ilha de Madagascar, na costa leste de África.

Deverá aportar na costa sul desta ilha para consertos  e que, segundo autoridades, ainda é zona livre da pirataria.

Torço para que cheguem bem.

Campeões mundiais

Robert Saheidt e Bruno Prada acabam de ganhar novamente o campeonato mundial da ISAF da classe Star, em Perth, na Austrália.

A dupla está cada vez melhor, quase imbatível, embora tenha como adversários os melhores do mundo na vela.

Parabéns. Torci muito e o resultado veio.

Garantiram também a vaga brasileira na categoria nos Jogos Olímpicos de 2012 em Londres.

Hmmm...

Este modelo de chapéu foi apresentado  em desfile em Shangai.

Observe bem: é todo feito de chocolate

Qui, quae, quod

Quem é da minha geração sabe, e se lembra com terror, o que significa isto aí em cima.
Lembro-me como eram torturantes as aulas de latim do professor Reis, em classe muito quente, batendo sol, no final do dia.
Quem não se lembra do :

Singular:	Plural:
Nominativo(a garota - sujeito): ....puella Genitivo (da garota): .................. puellae Acusativo (a garota - obj.direto): puellam Dativo (para a garota - obj.ind.): puellae Ablativo (com a/pela garota): .... puella	Nominativo: puellae Genitivo: .... puellarum Acusativo: ..puellas Dativo: ...... puellis Ablativo: ... puellis

Embora eu sempre tivesse tido bom tino para aprender idiomas, nos meus tempos de ginásio não conseguia acompanhar muito bem as declinações das palavras latinas pois não entendia os nominativos, genitivos, dativos, etc.

As aulas de latim  eram sempre as últimas do dia e eu ia ficando cansada e não captava os significados dos pronomes aí do título. Decorava todas as declinações e chutava na construção dos textos e análises gramaticais. Ia me arrastando pelas provas e chamadas orais e estava sempre na corda bamba.

Ai, ai, ai, como era difícil.

O engraçado era que o alemão também tem uma ou duas declinações mas como até aquele tempo ainda não tinha tido aulas da gramática alemã, não atinei com a coisa. Aliás, o inglês também tem o genitivo. Genitivo?

Muitos anos mais tarde aventurei-me a aprender russo que é mais complicado ainda pois, além de declinar as palavras, conjuga e declina os verbos. Tive facilidade em entender pois lembrei imediatamente do torturante latim.

Interessante que joguei os três pronomes relativos aí do título no Google e descobri que ainda tem muita gente estudando latim por aí. Tem até canção no youtube para decorar as declinações. Tadinho dos alunos.

Volvo Ocean Race - Etapa 2

Ontem, domingo, largou a segunda etapa da Volvo de volta ao mundo. Partiram de Capetown em direção ao Cabo da Boa Esperança, para  depois seguir pela costa leste da África e entrar no Oceano Índico, com direção a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, com 5.430 milhas náuticas de distância.

Como esta região é perigosíssima pois há muitos piratas que atacam as embarcações para sequestros e extorsões, a flotilha será embarcada em um navio cargueiro armado em um porto mantido em segredo e os levará até Sharjah, no Golfo Pérsico, de onde seguirão até Abu Dhabi, com chegada prevista para início de janeiro.
No momento o Groupama está liderando.

Volvo Ocean Race - In-port

Acaba de terminar a regata In-port em Cidade do Cabo, na África do Sul.

Os três barcos avariados na primeira etapa ou perna conseguiram superar seus problemas e fizeram os seus consertos de modo que os seis barcos apresentaram-se na linha de largada.

Tiveram ótimas condições de ventos, entre 15 e 20 nós, e o barco Telefonica mais uma vez ganhou a prova. Somou mais seis pontos estando agora com 37 pontos no total, três pontos na frente do  segundo colocado, o Camper.

Visão do mundo

"Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes"
William Shakespeare

Mico

Quando eu era criança e frequentava o primário ia com meus irmãos de bonde ao colégio.

Morávamos em Socorro, Santo Amaro e íamos até Moema. O bonde trafegava onde hoje é a Av. Vereador José Diniz e eu gostava do passeio por meio das árvores, algumas conservadas até hoje.

Acontece que naquela época havia um estranho hábito entre os moleques e jovens. Quando o bonde chegava nas paradas o motorneiro, (era assim que se chamava o condutor do bonde) abria as portas antes de parar por completo e era costume alguns homens, ou moleques pularem com o bonde em movimento e sair correndo para não cair.

Meus irmãos também desenvolveram esta habilidade e o praticavam e eu ficava fascinada.

Talvez já dominada por um feminismo latente, do tipo o que os homens fazem eu também sou capaz, em pleno Largo Treze de Maio, em Santo Amaro, resolvi pular também assim que as portas se abriram.

Ai, meu deus, pulei e me estatelei no chão e me esfolei toda. Me senti como um elefante em queda e morri de vergonha quando juntou gente para me acudir. Fiquei perplexa com minha falta de habilidade. Meus irmãos se mantiveram distantes para não participar do grande mico.

Nunca mais repeti a proeza e até hoje lembro com clareza da vergonha que passei.

Guerra colorida

Sempre pensei em preto e branco as histórias de guerra que meu pai contava, que amigos contavam. Mesmo filmes de guerra que assisto relembro depois sempre em preto e branco mesmo que tenham sido coloridos.

Não sei porque isto é assim, mas é assim. Relembro as  imagens  sempre cinzentas e sujas. Ou em tempos atuais imagino a guerra com cor de pó dos desertos. Não consigo botar cor.

Qual não foi a minha  surpresa ao deparar-me com uma foto da Primeira Guerra Mundial, quando o fotógrafo alemão Hans Hildenbrandt documentou soldados alemães na Elsácia já em cores em 1915 e a foto é bem bucólica. Nem parece guerra. Mais parece um contraste com a minha imaginação.

(Fonte: Spiegel Online)

Língua portuguesa

Meu filho Ingo e minha nora Letícia estão terminando de reformar uma casa que compraram na zona sul de São Paulo.

Ingo está tocando a obra e mergulhou de cabeça na construção civil e seus mistérios.

Hoje, com muito humor, tascou no Facebook o saldo da obra e do português que foi obrigado a aprender:

benoino = bay window

francho  = chanfro

parafuso flips = parafuso philips

lâmpada croicks = lâmpada dicroica

ralo sanfonado = ralo sifonado

premiávi = impermeabilizante

e o melhor de todos:

suspiro = respiro do esgoto

Ingo afirma categórico: "eu adoro a língua portuguesa e suas variações"

Ai, ai, ai

Novamente eu e os médicos! 

Eles conseguiram deixar-me inutilmente preocupada durante dois longos meses.

Explico: minha mãe de 89 anos fez um exame de sangue e deu problemas na creatinina que, vim a saber, tem a ver com os rins.

O médico cardiologista mandou fazer exame específico que deu resultado aparentemente ruim e afirmou  ser necessário fazer hemodiálise. Fiquei muito assustada pois sei que é procedimento sofrido e com conotação de doença grave.

Marquei um especialista (nefrologista) mas que só tinha vaga para dali a dois meses. Nisto ela teve também inchaço das pernas e outros problemas e fomos ao pronto-socorro onde um médico também falou em hemodiálise diante do quadro que se apresentava.

Acreditei, né,  uma vez que sou leiga no assunto!!

Ontem finalmente conseguimos consultar a especialista em rins que analisou os exames que levei e considerou minha mãe ótima para a idade, com os rins funcionando a contento para a situação. Nada de hemodiálise ou outras judiações.

Saí de lá aliviada e me pergunto: porque os outros médicos não sabem disso?

É tão difícil saber um valor de creatinina específico para cada idade? Porque nos apavoram? Porque uns chutam os problemas para os outros?

Volvo Ocean Race: Chegada à Capetown

Depois de 21 dias no mar, saindo de Alicante na Espanha, passando obrigatoriamente por Fernando de Noronha, no sábado o barco espanhol Telefonica chegou à Cidade do Cabo, na África do Sul, em primeiro lugar.

A chegada foi a incríveis 40 nós de vento, e o comandante Iker Martinez, medalhista olímpico, e sua equipe foram recebidos com muita festa e champagne.
Em segundo lugar chegou o Camper e em terceiro o Groupama, que ainda não aportou.
O barco Puma, que teve o mastro quebrado, está nas ilhas Tristão da Cunha de onde será resgatado por navio.

Um dia na vida a bordo do Team Telefonica: 

Uma verdade

Abraham Lincoln teria dito a célebre frase:

"Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder".

Nada mais verdadeiro e a conferir com os políticos brasileiros.

Sushi

Vejam o sushi que fizeram do famoso quadro do van Gogh.
Achei muito criativo:

O bicho está solto...

Mais um barco teve o mastro quebrado na Volvo Ocean Race.
Desta vez foi o Puma, no 16. dia de regata, no meio do Oceano Atlântico, em direção a Capetown, mas todos a bordo estão bem.

Lembrando que logo após a saída de Alicante, na Espanha, ainda no m ar Mediterrâneo, outros dois barcos, o Sanya e o Abu Dhabi sofreram avarias, pode-se dizer que o azar está rondando a flotilha nesta primeira perna até a África do Sul

Pois agora só três barcos estão competindo e o Telefônica espanhol está na frente. Os avariados, com muito trabalho pela frente, deverão reintegrar-se à flotilha  em Capetown.

Veja o vídeo do estrago:

Uma biblioteca

Em Stuttgart, na Alemanha, foi inaugurada no mês passado a nova Biblioteca Municipal.

Com 11 mil metros quadrados e 500 mil mídias diferentes esta biblioteca foi construída como um cubo, não muito apreciado por muitos dos cidadãos, mas é um sonho de acessibilidade e um primor no uso de tecnologias moderníssimas.

O leitor não depende de intermediários para procurar livros ou outras mídias podendo caminhar livremente e pesquisar tudo que há.
Já vi muita biblioteca onde os livros estão escondidos, sendo necessário consultar o computador para ver o que há. Xeretar nas estantes é muito mais agradável abrindo-se sempre a possibilidade de descobrir novos livros. Claro que se a pessoa vai à biblioteca em busca de determinado livro o computador ou o fichário é o caminho. Mas mesmo assim, será sempre interessante ver os livros do mesmo assunto, possibilidade que o livre acesso dá.
Claro que isto tem o célebre problema dos livros fora de lugar pois o leitor tira da estante e não acerta colocar no mesmo lugar. Por isso há os célebres avisos: deixe os livros consultados sobre a mesa.  Um funcionário treinado reporá os livros nos seus devidos lugares e já fará a estatística dos livros e assuntos consultados.
Sempre lembro da minha frustração na Biblioteca Municipal Mário de Andrade, de São Paulo, onde os livros ficam confinados numa torre, sem livre acesso. Nos meus tempos de estudante ia muito lá e pedia o que queria e ainda tinha o dissabor de ver que o funcionário trazia o livro errado. Até hoje é assim!!
Este vídeo é da noite de inauguração:

Hábitos e rotinas

Minha mãe, de 89 anos, gosta muito de rotinas. Detesta surpresas e ter de sair de suas rotinas.

Cultiva-as. Quando é surpreendida por algum ato ou pessoa e precisa alterar rapidamente seus hábitos atrapalha-se e sai dos eixos.

Aprecia a mesmice de muitas décadas.

Assim é  também com seu cabeleireiro. O Sr. Pedro, um japonês educadíssimo de 80 anos e surdo há muitas décadas. Não sei dizer porque não usa aparelho.

E assim sempre há o mesmo cenário. Hoje levei minha mãe para cortar o cabelo e não foi diferente: Sr. Pedro não ouve o que a cliente quer, faz o que acha que tá certo e a cliente fica insatisfeita. 

Minha mãe reclama dele há décadas e hoje também reclamou, como de hábito e de rotina. O gozado é que ele tem muitas freguesas, todas gringas velhinhas.

Mas a mamãe não muda de cabeleireiro por nada desse mundo!!! Não consegue alterar os hábitos.
Tenho de manter o humor...

Motocicleta

Já escrevi aqui diversas histórias que meu pai contava sobre os difíceis tempos de guerra e sobretudo  pós-guerra na Alemanha.

Lembrei-me de mais uma, perigosa e engraçada:

Ao deixar, em 1945, a cidade de Mirow, abandonando o campo de provas em que meu pai trabalhava, roubou um caminhão para transportar a família até Hamburgo. Como os tempos eram de sucateamento geral da nação e salve-se quem puder dos sobreviventes, tempos de incertezas e nenhuma expectativa de vida decente, meu pai levou no caminhão também uma motocicleta Harley-Davidson para o que desse e viesse.

Já estabelecido em Hamburgo e vivendo sob duras condições de fome e miséria, um dia resolveu andar com a motocicleta surrupiada. 

Nossa casa ficava no território ocupado pelos americanos e, ao passar por algum posto de contrôle, foi surpreendido e perseguido por soldados americanos pois estava em moto do exército alemão. Conseguiu fugir por estradas vicinais e, no desespero de não ser preso, resolveu sumir com a amada Harley-Davidson.

Como fazer? Não teve dúvidas: colocou-a na garagem da casa e construiu um muro em volta. Emparedou-a literalmente.

Se ninguém reformou a casa que existe até hoje, a motocicleta ainda deve estar lá...

Globalização de protestos

Ainda no embalo da tragédia de Fukushima, no Japão, há ativistas contra usinas nucleares demonstrando na Alemanha, durante reunião do partido FDP.

Interessante observar que o Brasil não foi esquecido como muitas vezes acontece e os ativistas sabem muito bem o que fazem e proclamam.

Pendurado num prédio em Frankfurt, Alemanha, o rapaz pede a paralisação da usina nuclear brasileira de Angra 3.

(Fonte: Focus Online)

Tudo calmo...

Por enquanto está tudo calmo na Volvo Ocean Race.
O Groupama está liderando, na costa da África.

Os dois barcos avariados, Team Sanya e Abu Dhabi Ocean Racing serão despachados de navio até Cidade do Cabo e lá serão reintegrados à flotilha, com perda de pontos, claro. O Abu Dhabi será embarcado em Lisboa, para onde está indo.

Dia calmo a bordo do atual líder, que delícia:

Bela imagem

Imagem fascinante. No zoo de Moscou, na Rússia, esta criança aproximou-se de uma orangotango e tenta dar-lhe um beijo nos lábios. Ganhou. Porque o mamífero, com grandes talentos de imitação, reproduziu o gesto da mesma maneira. Se bem que separados por uma divisória de plástico, o menino e o animal parecem perfeitamente à vontade.

(Fonte: Le Figaro)

Corrupção: mais indignação

Não aguento mais!
Dia sim, outro também, estamos assistindo à denúncias de corrupção neste país.
É endêmico.

Não aguento mais as páginas e páginas de jornais e revistas denunciando as falcatruas. Estou com a percepção de que aumentou muito nos últimos anos. Ou será que os jornais estão apenas mais atentos? Ou será que os desmandos estão mais escancarados? Ou será que ninguém mais tem vergonha na cara?

Acho que é isso...

Os políticos se auto-investigam e nunca chegam a lugar nenhum, salvo algumas demissões que me soam paliativas.

Pelo andar da carruagem só tenho uma certeza: só existe um lugar no Brasil onde não há políticos corruptos: na cadeia!

Volvo Ocean Race - Largada

Começou ontem, sábado, a edição 2011-2012 da regata Volvo Ocean Race, antiga Whitbread, ao redor do mundo.

A largada foi em Alicante na Espanha e o destino da primeira perna é a Cidade do Cabo na África do Sul.

A navegação terminará apenas em junho de 2012 aproximadamente pois os barcos velejarão 9 pernas e a cada parada ainda farão uma regata in-port local. Veja o mapa:

No Brasil farão parada e regata in-port em Itajaí, SC.

Participam 6 barcos da classe VOR 70 especialmente construídos para esta prova.

Nas duas edições anteriores houve participação de equipes brasileiras comandadas por Torben Grael. Na última edição, correndo no Ericsson 4, da Suécia, Torben venceu a regata por antecipação. Havia vários brasileiros a bordo. Na edição retrasada Torben e equipe construíram um barco brasileiro, Brasil 1, e iam bem, quando quebraram o mastro nos mares do Sul, foram resgatados por pescadores, aportaram no sul da Austrália, atravessaram o barco pelo deserto até Sidney e se reintegraram à flotilha e ainda acabaram em terceiro lugar.

Desta vez não há equipe brasileira mas há dois participantes na equipe Team Telefonica espanhola: Horácio Carabelli, responsável por toda a logística em terra e Joca Signorini, a bordo. Ambos são veteranos e participaram das equipes de Torben Grael.

Assim, vou torcer por este barco, Team Telefonica.

Mas já há novidades: durante noite a equipe Sanya teve de voltar a um porto espanhol com problemas no casco  e a equipe Abu Dhabi quebrou o mastro:

Ambos farão os concertos e serão reintegrados à flotilha, porém perdem pontos.

Será emocionante acompanhar todos os passos pela internet dessa prova tão difícil e longa.

Médicos...

Ontem tive de passar mais um dia no pronto-socorro com minha mãe velhinha.

Muitas horas de agonia e espera.

Contei aqui que na semana passada que já estive com ela por lá. Entre outras coisas ela estava com um edema e uma grande bolha de sangue na perna. O médico da semana passada nem deu bola para o fato e mandou passar um óleo e nada mais.

Minha mãe, valente, fez o que foi prescrito mas a  perna não melhorou e ontem sentiu fortes dores.

Lá fomos nós ao hospital novamente. O médico da vez visivelmente também não sabia do que se tratava mas teve o bom senso de chamar um colega mais experiente. Este mandou retirar a bolha, receitou antibióticos, e fez modificações nos remédios que ela toma.

Como se diz, senti firmeza.

Demorou horas para sermos atendidas para os procedimentos. Finalmente fomos liberadas e levamos as receitas à farmácia. Ninguém conseguiu decifrar a letra do médico. Compramos a pomada de uso tópico na ferida por adivinhação!! O resto até que deu para ler e compramos sem susto.

Porque os médicos são assim?? Porque o primeiro também não reconheceu que não sabia do que   se tratava e consultou um colega? E se fosse um caso mais grave??

Baile da impressora

A informática às vezes me deixa louquinha, de arrancar os cabelos.

Preciso imprimir um simples boleto bancário e a minha impressora resolveu entrar em pane. Ou será greve?

A danada tem dois botões, um liga/desliga, óbvio, e outro, de luzinha vermelha que deveria ficar apagada e só ligar quando há um problema, hoje resolveu ficar acesa.

Toca a consultar o manual que explica alguns procedimentos. Fiz todos. A luzinha vermelha continua acesa.

Conferi os cartuchos, o papel e olha a luzinha vermelha aí teimosa como ela só.

Fiz o troubleshooting do computador que levou um bom tempo para detectar problemas, deu um monte de avisos e please wait e ficou tudo como estava. Luzinha vermelha acesa e nada de conseguir imprimir qualquer coisa.

A toda hora tinha de cancelar os printings e começar tudo de novo.

Agora desisti e vou apelar para o meu velho sistema filho-help. 

Tomara  que ele consiga resolver... senão nem o bispo.

Adiós Guadalajara

Acabaram ontem os Jogos Pan-Americanos 2011 de Guadalajara com transmissão direta pela TV Record e Recordnews.

Assistí muitos esportes, principalmente o vôlei, que venceu tudo. Foi ótimo.

A festa de encerramento começou às 24 horas, horário de Brasília, e assisti só um pouquinho pois estava caindo de sono. 

A entrega das medalhas da maratona masculina tradicionalmente ocorre na festa de encerramento e foi vencida por um brasileiro, Solonei Silva, mais uma emblemática trajetória nos esportes: era catador de lixo em Penápolis, SP, e corre há apenas dois anos. Nesta e nas outras participações de atletas brasileiros em Pans e Olimpíadas há muitas histórias parecidas de superação de obstáculos pessoais que costumam ser engrandecidas pela imprensa. Não que não devam ser mas me causam vergonha e constrangimento. 

Se houvessem políticas públicas eficazes  nos esportes, quantos outros talentos não surgiriam? Mas o que vemos é roubalheira, muita roubalheira, e com isso desaparecem talentos que poderiam brilhar e alcançar melhores condições de vida e educação.

Os Estado Unidos venceram no quadro geral de medalhas, Cuba ficou em segundo lugar e o Brasil ficou em terceiro. O governo e a imprensa festejam. 

Eu não. Pelo país continental que somos deveríamos olhar melhor pelos nossos atletas, garimpar os talentos ocultos, dar-lhes estruturas de treinamento e apôio financeiro. E não é isto que acontece. Muito ao contrário. A falta de apôio financeiro é gritante. Isto sem falar nas politicagens de bastidores.

Conheço bem o  esporte de vela e lá é a mesma coisa, muitos talentos já foram e estão sendo perdidos pelo caminho pelas mesmas razões.

Agora rumo à Olimpíada de Londres em 2012. E já sei que os problemas serão os mesmos...

A vida com ela é

Passei ontem boa parte do dia no hospital com a minha mãe velhinha.

O atendimento dos planos de saúde são falhos porque compostos de muita gente e condições precárias de atendimento. Ficamos horas na sala de espera do pronto socorro  e mais umas tantas horas aguardando pela execução da medicação indicada pelo médico. Nada mais estafante do que isso: submeter os doentes a stress por horas de angústia.

É incrível, porém, observar que apesar da superlotação das enfermarias, os enfermeiros conseguem ser atenciosos e gentis. O rapaz que atendeu minha mãe era paciente, eficiente e calmo e perfeitamente adaptado à estafante rotina de uma enfermaria lotadíssima com um mundo de gente solicitando seus préstimos. E sem direito a errar...

Enquanto aguardava, já dentro da enfermaria, os procedimentos se realizarem, observei a precariedade da vida, principalmente dos idosos. Dúzias deles prostrados e gemendo em cadeiras e leitos, pendurados em soros e remédios lutando por obter um bem estar cada vez mais distante e não prometido.

Dizem que a terceira idade é a melhor idade. Não concordo com isso quando vejo descortinar-se à minha frente este mundo da saúde precária e, sim, do atendimento precário.

Espero não ter de voltar tão cedo à dura rotina de um pronto-atendimento.

Primórdios do iPhone

Assim como na aviação em que há discussão sobre quem seria o inventor do avião, Santos Dumont ou os irmãos Wright, fiquei surpresa ao descobrir que também na invenção do telefone, normalmente atribuída a Alexander Graham Bell, há grande discórdia.

A Alemanha  festeja e atribui a invenção à Philip Reis, de Frankfurt, que em 1860 apresentou o primeiro telefone feito de agulha de tricô, cordas de um violino e bexiga de um coelho.

A imprensa festejou a invenção mas o povo e as autoridades da época não vislumbraram a importância do evento.

A Wikipédia aprofunda a discórdia ao atribuir a invenção ao italiano radicado em New York Antônio Meucci. Nem cita o alemão.

Segundo os alemães Graham Bell fez apenas algumas melhorias e ficou rico ao patentear o  invento.

Certo é que foi tudo na mesma época. Quem copiou quem?

Telefone de Philip Reis

(Fonte: Spiegel Online)

Vela no Pan - Resultados finais

Torcida sempre ajuda...
O Brasil ficou em primeiro lugar na vela nos Jogos Pan-Americanos 2011 no Vallarta Yacht Club.

Velejou praticamente contra os top 10 das Américas e alguns campeões mundiais e finalizou os jogos com 5 medalhas de ouro , 1 de prata e 1 de bronze.

Assim, ganhou medalhas em 7 das 9 categorias que concorreu.

Ouro:

RS:X masculino - Bimba

RS:X feminino - Patrícia Freitas

Sunfish - Matheus Dellagnelo

J/24 - Santinha, Alexandre Saldanha, Guilherme Hammelmann e Daniel Santiago

Snipe - Alexandre Amaral e Gabriel Borges

Prata:

Hobie 16 - Baby e Bruno Oliveira

Bronze:

Lightning - Klaus Bieckarck, Gunnar Ficker e Marcelo Silva

Parabéns a todos!!

Como diziam os velhos alemães velejadores da represa Guarapiranga: HIP HIP HURRA 

Veja reportagem aqui

Um Hobie 16 em ação

Vela no Pan - Quinto dia

A torcida e a emoção aumentam...

Ontem, quinto dia de regatas nos Jogos Pan-Americanos em Puerto Vallarta, já garantimos duas medalhas de ouro, na prancha feminina e no Sunfish.

Temos também pratas e bronzes asseguradas nas demais modalidades das nove em que concorremos.

Veja reportagem aqui.

Hoje às 16 horas de Brasília será disputada a medal race, última regata, que tem peso dois.

Patrícia Freitas: ouro na RS:X feminina

Vela no Pan - Quarto dia

Torcendo sempre e muito pelos nossos velejadores no jogos Pan-Americanos de Guadalajara.

Continuamos a ir muito bem e, apesar dos ventos fracos (merreca no jargão da vela) e já esperados pelos brasileiros que até fizeram regime de emagrecimento por causa disso, até o momento temos medalhas garantidas em praticamente oito das nove categorias embora ainda faltem três regatas.

É sabido que os brasileiros crescem nas últimas regatas.
Na prancha feminina (RS:X) o ouro é praticamente certo por antecipação.
Veja matéria do quarto dia ou sétima e oitava regata aqui

Vela no Pan - Terceiro dia

Torcendo sempre...

Após três dias ou seis regatas corridas estamos liderando em quatro das nove categorias nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara: Sunfish, RS:X feminino e masculino e Snipe.

Os ventos continuam de fracos a moderados.

Veja notícia aqui:

Uma regata do J/24. Observe que os brasileiros (Santinha e equipe) estão na ponta:

Vela no Pan - Segundo dia

Torcida forte ajuda.
Nossos velejadores continuam a ir bem no Pan-Americano de Guadalajara. Quatro modalidades estão na liderança das regatas: J/24, Sunfish e as pranchas a vela RS:X masculina e feminina após realização de quatro regatas.
Os ventos foram novamente de fracos a moderados.
Veja reportagem aqui.

Mais algumas ilustrações das categorias em competição:

RS:X ( o conhecido windsurf ou prancha a vela com um tripulante):

J/24 (duas velas e um balão e quatro tripulantes):

Sunfish (uma vela e um tripulante):

Vela no Pan - Primeiro dia

Nossos valorosos velejadores brasileiros foram muito bem nas duas regatas do primeiro dia da competição.

Fizeram quatro primeiros lugares, sete segundos e a pior classificação foi um quinto lugar no Snipe.

Os ventos foram fracos, como previsto, e os grandes destaques foram o Lightning, RS:X e Sunfish.

Se mantiverem esta regularidade dá medalhas na certa. Mas ainda terão muitas regatas a velejar.

Estou torcendo muito.

Veja matéria aqui
Para quem não é muito familiarizado com a vela aqui vão algumas ilustrações de alguns dos barcos que estão concorrendo:

Lightning (duas velas e um balão e três tripulantes)

Snipe (duas velas e dois tripulantes)

Laser (uma vela e um tripulante):

Hobie 16 (duas velas e 2 tripulantes). É um multicasco ou catamarã:

Vela no Pan

Eu estou já na maior torcida pois começam hoje as regatas de vela no Pan-Americano de Guadalajara, no México.

A vela está sediada em Puerto Vallarta, a aprox. 300 km  da sede dos jogos e conhecida por ventos fracos.

A imprensa não costuma dar muita cobertura à vela e só depois festeja as medalhas que habitualmente vem com o iatismo.

Assim, temos de buscar as informações em sites e contatos pessoais para ter um mínimo de atualizações.

Eu  estou buscando dados e, acreditem, o site oficial do Pan que começou sexta feira passada está fora do ar.

Mas vamos lá: a equipe de vela concorrerá em 9 categorias e todos disputarão uma série de 11 regatas (duas por dia), com descarte dos piores resultados.

Eis os velejadores:

Hobie 16: Bernardo Arndt (Baby) e Bruno Oliveira

J24: Maurício Santa Cruz (Santinha), Alexandre Saldanha (Espanto), Daniel Santiago e Guilherme Hamelmann

Laser: Bruno Fontes

Laser Radial: Adriana Kostiw

Lightning: Claudio Bieckarck, Gunnar Ficker e Marcelo Silva

Snioe: Alexandre Tinoco e Gabriel Borges

Sunfish: Matheus Dellagnelo

RS:X masculino: Ricardo Winicki (Bimba)

RS:X feminino: Patrícia Freitas

Maré negra

O risco de uma catástrofe ambiental na costa da Nova Zelândia aumentou ontem com a descoberta de novas fissuras no casco do navio porta-contêineres de bandeira liberiana encalhado numa das mais belas baías da região desde o dia 5 de outubro.

Já foram derramados 300 toneladas de petróleo a alguns quilômetros das praias e de um santuário de golfinhos.

O comandante e o primeiro imediato foram presos por autoridades locais.

A situação do navio está extremamente perigosa:

(Fonte Le Figaro)

Bizarrice

Quando você pensa que já viu de tudo...

Barcolana

Em Trieste, ao norte da Itália, ocorre a cada dois anos a Barcolana, regata no mar Adriático com participação recorde de barcos  de diversas categorias.

Este ano foram aproximadamente 1850 veleiros que largaram todos juntos.

É tanta vela que a imagem nem conseguiu capturar tudo.

Coitado dos juízes...

Teatro centenário

O Theatro Municipal de São Paulo está completando 100 anos.

Foi todo reformado e está lindo.
A imprensa deu bastante destaque à data e houve muitas homenagens. Muito justo.
Gosto muito deste teatro embora visite-o raras vezes.

Mas sempre me lembro de um fato ocorrido lá pelos meados dos anos 60 quando estudava no Colégio Visconde de Porto Seguro, da comunidade alemã. Correu um boato na escola de que uma companhia teatral alemã que iria apresentar-se no Municipal e estaria procurando figurantes. 

Minhas amigas e eu corremos para lá para nos candidatar e aparecer no palco do belo teatro e, claro, ganhar alguns trocados. 

Os alemães receberam-nos no teatro incrédulos: o diretor e os artistas informaram que não sabiam de onde havia saído o boato e disseram que a peça não comportava figurantes. Divertiram-se com nossa determinação e amavelmente nos mostraram todas as entranhas do edifício, as coxias, as engrenagens do palco, os camarins, etc. Adoramos.

Mas foi o fim da nossa carreira teatral.

Aprecie:

O primeiro MacIntosh a gente não esquece

A morte, ontem, de Steve Jobs, gênio da Apple, me fez lembrar a primeira vez que vi o tão falado e almejado computador MacIntosh.

Passei a trabalhar com ele lá por volta de 1995 numa empresa de consultoria americana.

Fiquei até com medo pois era tão cultuado e fiquei imaginando que dificuldades teria para aprender pois vinha de computadores  ainda com DOS.

Preocupei-me à toa: nada mais fácil do que operar um MacIntosh incrivelmente simples que naquela época já era todo com ícones, uma impactante novidade para mim. Lembro que adorei meu Mac Classic e fiquei quase fanática pela Apple. Como dizia meu sobrinho, virei macmaníaca,

Infelizmente, depois de sair desta empresa nunca mais tive oportunidade de operar um.

Veja o Mac Classic com que trabalhei durante um ano e depois recebi um modelo mais novo:

Saudosismo

Hoje acordei saudosa dos meus tempos de jovem.
Era muito bom viver arrojadamente, sem preocupações e com muita perspectiva de futuro.

Tive a sorte de viver entre o esporte do iatismo e aproveitar ao máximo as velejadas, o fazer juria que me permitia ficar sempre no meio dos barcos e dos amigos e dos acontecimentos que eu julgava importantes.

Mas quando não havia vento ou no final da tarde após as regatas tínhamos o hábito de esquiar na reprêsa, que ainda era limpa. Não havia a poluição de hoje e podia-se cair na água e esquiar à vontade.

Era muito bom.

Eu custei a aprender a esquiar no slalom (um esqui só) mas quando finalmente aprendi fiquei bem craque e curtia os finais de tarde voando em cima da água, fazendo evoluções e tomando uns bons tombos também.

Tenho saudades...

Como estaria hoje?

Acordei hoje melancólica: dei de repensar a vida... Acho que são coisas de velha.
Onde acertei, onde errei?

Na minha juventude fui colocada diversas vezes diante de escolhas tanto profissionais quanto pessoais e estas escolhas sempre se misturaram pelo simples fato de ter sido jovem e ter sofrido influências de pais e namorados.

A mais difícil delas e a mais errada que tomei foi quando estava me formando na faculdade e minha mestra Antonieta Ferraz intermediou-me um emprêgo na OIT em Genebra, na Suíça. 

Grande alvoroço em casa. Meu pai achou um absurdo eu querer ir sozinha para a Europa e recusou-se a me ajudar a pagar a passagem. Que decepção. Meu namorado ou noivo, sei lá, entrou em cena prometendo uma viajem de passeio pela Europa se eu desistisse do projeto. 

Resolvi ir trabalhar numa indústria de cimento para juntar o dinheiro da passagem mas sucumbi à pressão familiar e ao medo do desconhecido e desisti do projeto.

Meu já então marido nunca me levou à Europa. 

Mas não é disso que me queixo. Lamento hoje não ter resistido às pressões e arroubos da juventude e focado mais no projeto profissional. Certamente estaria bem melhor hoje.

Houve outras situações de escolhas erradas e uma delas também tem como tema central afastamento de São Paulo quando fui convidada a trabalhar no INPE em São José dos Campos. Teria de mudar para lá e me afastar de família, namorado, da vida no iatismo, dos amigos, etc. que eram amarras fortes para mim. Também optei por não ir achando que a vida me ofereceria outras tantas oportunidades tão boas. 

Otimismos de jovem...

Lazer

Tarefas cumpridas, deveres caseiros feitos, mamãe visitada e seus problemas resolvidos, todos os dias chegam  minhas horas de lazer nesta minha vida de aposentada.

Os livros, tapetes e principalmente a internet são minhas grandes companheiras de vida boa.

Aprendi a baixar filmes para assistir. Foi um duro aprendizado orientado pelo meu amigo Fernando e meu sobrinho Christian. Obrigada aos dois.

Baixar filmes é uma ciência à parte, cheia de mistérios, percalços e programas a serem baixados. Cada filme dos mais diferentes sites tem uma extensão diferente e precisei aprender a driblar os problemas. É um tal de .avi, .rmvb, . dvix e demais sopas de letrinhas, acompanhado de programas de baixa como torrent, codecs, etc. Sem falar nos problemas com as legendas.

Não é mole não. Toda vez que baixava alguma coisa tinha medo de danificar o meu notebook fofíssimo.

Salvo prova em contrário acho que agora aprendi de vez e já estou me deliciando com vários filmes novos e antigos que adoro.

Vou virar crítica de cinema já, já!

Avenida Paulista

Já em 1928 a Avenida Paulista era um caos, mas bonitinho, tinha até árvore:

Carreira de um velejador

O início:

A meta:

Criatividades

A inventolândia não para...
Criaram até mesmo bastão de manteiga. Parece aquele tubinho de cola Pritt.

Deve ser bom para levar em pique-niques, desde que se tenha preguiça de passar a manteiga no pão em casa mesmo.

Régua de cálculo

Dia desses estava lendo uma reportagem numa revista alemã que descrevia os arcabouços dos museus e esta matéria era sobre museus de tecnologia. Mostrava muitos computadores, calculadoras, telefones fixos e celulares à espera de seleção e catalogação para serem  incluídos no acervo do museu.

Identifiquei vários computadores que usei durante a vida bem como telefones e celulares. Aliás, é preocupante ver como a tecnologia envelhece rápido. O meu celular atual tem mais ou menos três anos e já é peça de museu com toda a certeza. Mas eu não ligo. Está funcionando a contento.

Mas o que me chamou a atenção neste museu foi uma régua de cálculo!

Algum jovem já viu uma régua de cálculo? Duvido.

Uma das lembranças mais fortes que tenho do meu pai, que era engenheiro, era ele sempre com sua régua para cima e para baixo. Usava-a no bolso do paletó ou da camisa e puxava-a sempre que havia algo próximo de uma medição ou cálculo a ser feito. Eram inseparáveis. 

Ensinou-me os primeiros passos para usá-la mas era péssimo didata e não lembro de mais nada pois já sou da geração das calculadoras. Ainda bem.

Fiquei surpresa ao verificar no Google que apareceram 268 mil citações e que ainda são vendidas! Durante  a minha vida não conheci ninguém que as usasse. Alguém conhece?

Corrupção

Ultimamente tem havido uma mobilização popular maior contra a corrupção que sempre correu solta nesta terra. Atribuo isto ao alto grau de crimes que tem ocorrido, a vigilância da imprensa que tem sido muito atenta a este problema e ao alto grau de indignação do povo.

Tenho observado que nas redes sociais é tema recorrente e esta mobilização tem sido destacada inclusive na imprensa internacional (Oh, delícia de internet para poder ler notícias do mundo inteiro)

No Rio do Janeiro fizeram a manifestação das vassouras plantadas na areia da praia e saiu  no Le Figaro da  França.

A passeata posterior saiu na imprensa alemã, mais precisamente na Focus.

Provavelmente saiu em muitos outros lugares e mídias.

Resta saber se os corruptos e corruptores vão se tocar... ou não.

Carlos Drummond de Andrade

"Há livros escritos para evitar espaços vazios nas estantes"

Já topei com muitos deles na minha vida profissional...

Padres católicos

Dia desses soube pelo noticiário que uma tal de Associação de Vítimas dos Padres Pedófilos está entrando com uma ação de indenização na Côrte Penal Internacional de Haia contra o Papa Bento XVI e demais altas autoridades do Vaticano. Alegam que o Papa e as autoridades sabiam das práticas pedófilas de seus padres em vários países e nada fizeram encobrindo e minimizando os delitos.

Acho muito justo. 

Resta saber se a Côrte vai aceitar a queixa visto que é tribunal de crimes de guerra e contra a humanidade e como fará para conseguir a presença dos acusados e julgá-los. A Igreja Católica, sabe-se, já pagou cifras milionárias de indenizações à vítimas e isto só já é uma confissão de culpa.

Sempre que este tema vem à baila lembro-me da minha própria horrorosa experiência com um padre no tempo que eu era uma pré-adolescente ingênua e desavisada.

Corriam os anos 50 e eu diariamente voltava da escola no mesmo horário e perto da minha casa havia um seminário de padres, na zona sul de São Paulo. 

Tempos em que os padres ainda andavam de batina preta e, portanto, facilmente identificáveis. E havia muitos na região.

Um deles cismava de me esperar todo dia na esquina por onde eu passava e me abraçava e seguia andando comigo me segurando com fôrça, acariciando-me. O estranho era que passávamos diante de muitas casas e cruzávamos com pessoas e ninguém dizia nada. Eu ficava cada dia mais envergonhada pois instintivamente sentia que algo estava errado e era de uma tal ingenuidade que não conseguia dar um basta naquilo. Tentava desvencilhar-me do raio do padre e não compreendia o que aquilo significava. Só sentia vergonha. 

Certo dia meu pai desceu a rua de carro e viu a cena. Fez eu entrar no carro e me deu uma bronca enorme. Mas não interpelou o padre. Aí é que fiquei apalermada. Senti-me muito injustiçada.

Resolvi o problema da única forma que soube fazer: mudei o percurso de casa, aumentando em algumas quadras o meu trajeto.
Quantas crianças indefesas este padre terá molestado?

Mas a vida ensina: ai do padre se topasse comigo hoje!

Lindo

Recebí estas imagens diretamente do Van Gogh Museum porque curtí o museu via Facebook. Achei lindas mas estão desfocadas por um tal programa Tilt-Shift que, aprendí hoje, é moda atualmente para publicar fotos. Não achei graça nenhuma mas resolví postá-las assim mesmo porque me encantaram. Muitos destes quadros eu ainda não conhecia.

Tentei também publicar como um slide show para ficar mais bonito mas não deu certo. Tenho muito a aprender.

Vai assim uma linguiça de obras de muita arte do grande pintor, gênio das côres: