segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Como estaria hoje?

Acordei hoje melancólica: dei de repensar a vida... Acho que são coisas de velha.
Onde acertei, onde errei?
Na minha juventude fui colocada diversas vezes diante de escolhas tanto profissionais quanto pessoais e estas escolhas sempre se misturaram pelo simples fato de ter sido jovem e ter sofrido influências de pais e namorados.
A mais difícil delas e a mais errada que tomei foi quando estava me formando na faculdade e minha mestra Antonieta Ferraz intermediou-me um emprêgo na OIT em Genebra, na Suíça. 
Grande alvoroço em casa. Meu pai achou um absurdo eu querer ir sozinha para a Europa e recusou-se a me ajudar a pagar a passagem. Que decepção. Meu namorado ou noivo, sei lá, entrou em cena prometendo uma viajem de passeio pela Europa se eu desistisse do projeto. 
Resolvi ir trabalhar numa indústria de cimento para juntar o dinheiro da passagem mas sucumbi à pressão familiar e ao medo do desconhecido e desisti do projeto.
Meu já então marido nunca me levou à Europa. 
Mas não é disso que me queixo. Lamento hoje não ter resistido às pressões e arroubos da juventude e focado mais no projeto profissional. Certamente estaria bem melhor hoje.
Houve outras situações de escolhas erradas e uma delas também tem como tema central afastamento de São Paulo quando fui convidada a trabalhar no INPE em São José dos Campos. Teria de mudar para lá e me afastar de família, namorado, da vida no iatismo, dos amigos, etc. que eram amarras fortes para mim. Também optei por não ir achando que a vida me ofereceria outras tantas oportunidades tão boas. 
Otimismos de jovem...



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