terça-feira, 31 de maio de 2011

Grande estrago

Olha aí um grande estrago em um veleiro da classe Star. O mastro partiu ao meio na última regata de uma série em Medemblik na Holanda (Delta Lloyd Regata). Aconteceu com o famoso campeão inglês Iain Percy. Ninguém está livre de um acidente destes.


Foi exatamente isto que aconteceu comigo na baía de Guanabara e já descreví no post “Praga minha pega” de 6/5/2011. 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Escher

Ontem, domingão frio mas com sol delicioso, meu filho, minha nora e a sobrinha dêles, a doce e inteligentíssima  Joana e eu resolvemos fazer um programa cultural: fomos ao Centro Cultural Banco do Brasil, CCBB, no centro velho de Sampa, para ver a exposição do Escher.
O prédio antigo, por sí só, ja merece uma visita. É lindo e muito bem conservado. Joana, de apenas 9 anos, resolveu tirar umas fotos:







A fila para entrar estava enorme e tivemos de ter muita paciência porque a menina perguntava o tempo todo o que iríamos ver. Com explicar que o artista trabalha com côncavo e convexo, perspectivas, surrealismo, sobe e desce? Quando finalmente chegamos às salas com os famosos quadros Joana arregalava os olhos. Meu filho, muito observador, ia descobrindo os macêtes (não tenho outra palavra) e explicando. Joana e nós nos encantamos. Há também diversas instalações com ilusões de ótica formadas por espelhos que intrigam.
Se fôr ver esta exposição não deixe de ver o filme 3D que brinca com os quadros e também a Sala impossível que tem duas janelas: na primeira janela enxerga-se um gato numa banqueta e na segunda janela vê-se o gato e a banqueta... Não conto pois o jogo de espelhos projeta interessantíssima surpresa.





sexta-feira, 27 de maio de 2011

Orelhões inglêses

Entre os anos 20 e 30 do século passado os britânicos construíram estranhos orelhões de concreto em toda a sua costa.
 Estes monumentos arquitetônicos foram usados para tentar “ouvir” a aproximação de aviões inimigos. De formato convexo e de aproximadamente 9 metros de diâmetro e uma antena com microfone, tentavam por meio da acústica e também uso de estetoscópios, prevenir-se de perigos.
Esta técnica  naturalmente foi suplantada pela invenção dos radares mas os monumentos ainda estão lá nos terrenos militares inglêses.

(Fonte Spiegelonline)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Elvis não morreu

Ai, que bom. Está comprovado que Elvis Presley está vivinho e, muito jovem ainda, vendendo roupas para a C&A nos intervalos do horário nobre da Globo. Interage com as modeletes com sua habitual canastrice, canta “Fever”, dança e beija a mocinha.
Adoro o Elvis, sou  muito fã dêle desde sempre.
Não tenho uma música preferida, simplesmente adoro tudo o que canta e sempre me encanta.
O You Tube, verdadeira memória contemporânea, tem todas as músicas, bastando ver qual o seu estado de espírito.
Selecionei uma não muito conhecida para vocês:
  
                







quarta-feira, 25 de maio de 2011

Injustiça trabalhista

Já comentei aqui sobre os processos trabalhistas que eu e mais de 300 pessoas movem contra a extinta e falida Gazeta Mercantil que já há mais de 8 anos nos deve salários, FGTS, verbas rescisórias, etc.
Hoje tive mais uma audiência no TRT, lá no famoso e sinistro prédio do Lalau, na Barra Funda, onde advogados se acotovelam, reclamantes e testemunhas são obrigados a se espremer em elevadores sub-dimensionados e perigosos, aguardar em salas mal projetadas.
O volume de pessoas que frequentam aquele local é surpreendente e, tendo o novo prédio apenas alguns anos e muito desvio de verbas, é espantoso observar a má gestão dos recursos públicos perpetuado ali, o péssimo planejamento dos espaços, elevadores e áreas de serviços.
Ali não é possível descer de elevador pois está sempre cheio, é preciso descer pelas rampas. Caminhei em descida por 12 andares. Sempre que vou lá sou obrigada a fazer isso.
Ah, e a audiência novamente não deu em nada...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Carreata da solidariedade

No bairro em que moro, Moema, aqui em São Paulo, todo ano tem uma interessante manifestação de solidariedade promovida por uma igreja, que ontem ocorreu mais uma vez.
Fazem uma carreata de carros antigos e curiosos e rodam o bairro todo, com muito buzinaço, música, bexigas e fogos para recolher agasalhos para entidades beneficientes.
O desfile é lindo, tem aquelas banheiras americanas com rabo-de-peixe dos anos 60, jardineiras, mini-carros, caminhonetes antigas, caminhões truck, jipões antigos com pintura de exército, motocicletas enormes de três rodas e por aí vai. Um charme. Os moradores correm para entregar suas sacolas de doações e tiram muitas fotos. O mais interessante é observar o orgulho dos que dirigem estas antiguidades em exibir suas preciosidades sempre muito bem conservadas.
Começaram esta campanha há dez anos atrás, mas a primeira não deu muito certo porque apareceram de surpresa sem avisar e pediam que jogassemos as roupas pela janela. Espantados e sem querer perder o espetáculo,  ninguém correu para os armários. Nos anos seguintes profissionalisaram-se: anunciaram a festa com bastante antecedência distribuindo cartazes, conseguiram patrocínios de empresas da região e notícias nos jornais, inclusive o Estadão, e o resultado é que arrecadam grandes quantidades e conseguem beneficiar várias entidades. 

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Coragem

Numa audiência pública no Rio Grande do Norte a Professora Amanda Gurgel teve dignidade e coragem para falar a verdade sobre a educação, silenciando os deputados.
Felizes são as crianças alunas dela.




quarta-feira, 18 de maio de 2011

Mutações

Sábado passado voltei a visitar o clube de iatismo que frequentei durante décadas e do qual não sou mais sócia há algum tempo.
Sábado lindo de sol com vento sul e as regatas dos veleiros em pleno andamento e muito bonito de se ver. Pensei com meus botões como a vida nos modifica pois durante muito tempo não fui expectadora e sim participante. Agora sentada no terraço apreciando a bela tarde e as velas ao vento. Como tudo muda naturalmente...
Lá pelas tantas fui ao hangar conhecer as novidades e espantei-me: há muita evolução tecnológica no iatismo, novos monotipos, novas regras de regata, novos fabricantes de cascos, mastros, retrancas, lemes e bulinas. E novos velejadores, claro. Ví uma promissora molecada.
Adorei e tive muitas saudades do meu tempo.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Crime contra a educação

O MEC distribuiu milhares de livros às escolas públicas com graves êrros de português: erros de concordância, êrros de conjugação, êrros de grafia, etc. Já estão em uso!!
Alega que está apenas ensinando a língua que o povo está falando e não aceitar as formas erradas do falar é preconceito. Parece que o Ministério da (des)Educação não quer mais educar e ensinar e  comodamente perpetua os êrros da população.
Fica institucionalizado o nóis vai, êles pega e outros shows de atentados contra a língua pátria e as crianças não tem defesa contra êste crime. Não terão chance de entender os livros e textos escritos em português correto.
Estou estupefata, indignada e preocupada. Quem domina  a língua terá de aprender a falar errado?
A conjugação dos verbos fica assim?
Eu brinco
Tu brinca
Êle brinca
Nós brinca
Vós brinca
Êles brinca
Etc.
O jornalista Carlos Alberto Sardenberg escreveu excelente artigo sôbre êste atentado no Estadão de hoje.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Mãe de velejador - 6

Mãe de moleque velejador sofre. Em 1990 meu menino foi classificado para participar de campeonato sul-americano de Optimist em Salinas, no Ecuador. Tinha só 14 anos. Ai, meu deus, ir sozinho, sem a mamãe, para um país estranho? A equipe brasileira era grande, uns quinze velejadores, chefe de equipe, técnico e alguns pais que acompanharam. Mas eu não pude ir e tive uma sensação estranha de mãe que abandona o filho.
A verdade é que o técnico sempre preferiu viajar com os moleques sem os pais mas êstes insistiam em ir junto em todos os campeonatos.
Já no aeroporto a coisa complicou pois tiveram de trocar o pneu do avião e eu, no terraço de Cumbica, assistindo preocupada com o que mais poderia acontecer.
Ensinei o filhote a lidar com moeda estranha, o sucre, mas depois contou-me que calculavam o valor das coisas pelo preço da Coca-Cola e do lanche e assim conseguiram se virar. Ficaram por lá uns quinze dias e a comida era tão ruim que meu filhote voltou  muito magro.
Espantei-me com suas observações sociais já bastante adultas pois contou  que o contraste entre ricos e pobres era muito grande. O Iate Clube de Salinas, muito chique à beira do Pacífico, ficava num bolsão de extrema pobreza. Impressionou-se com os carros dos frequentadores do clube, tudo importado, de Mercedes-Benz prá cima.
Contou ainda que desembarcaram em Guayaquil e foram com uma jardineira horrorosa até Salinas, cruzando um deserto com muitas cobras e, por causa das cobras, as casas eram palafitas no meio do areião. Durante a viajem, nas paradas, eram insistentemente incomodados por crianças vendendo quinquilharias e folhas de coca que invadiam o ônibus.
Mas, embora eu não soubesse e ficava atormentada com meu filho sozinho em um país estranho, êle sabia se virar muito bem. Arranjou regalias para si e todo dia, quando era hora de colocar e tirar os barcos da água, tinha preferência com um trabalhador índio que o ajudava em tudo porque era “el chico sin madre”. Presenteou-o com camisetas.
E eu me preocupando...

terça-feira, 10 de maio de 2011

Fenômeno incrível

Acho esta imagem impressionante.


Na grande enchente paquistanesa do final de 2010 as aranhas se salvaram nas árvores e construíram milhões de teias aprisionando os insetos. Êste fenômeno, nunca visto, salvou a populaçao de virulento paludismo.
(Fonte: Le Figaro)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Eu não sabia

Você sabia que a Coca-Cola exerceu um importante papel como auxiliar para elevar o moral das tropas americanas na Segunda Guerra Mundial? Pois é.
Durante toda a participação americana nesta guerra a Coca-Cola forneceu 10 bilhões de garrafas da bebida aos soldados distantes de casa, fossem as batalhas em Calcutá, Nice, Perth, Casablanca, Veneza, Manila ou Berlin, sempre havia uma garrafa do refrigerante para os soldados que, em muitas cartas, confirmavam que o consumo da bebida fazia com que se sentissem menos saudosos e mais perto de sua pátria. Os comandos faziam com que acreditassem que lutavam por “América, Democracia e Coca-Cola”.
A fabricante aproveitava para fazer intensa propaganda ligada à guerra nos Estados Unidos, a  ponto de fazer parecer que sem ela a vitória não seria possível.
A Europa e outras partes do mundo já conheciam o refrigerante mas ao término da guerra as vendas tiveram um incrível aumento.


(Fonte: Spiegelonline)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Praga minha pega

Não sou de praguejar mas nas poucas que vêzes o faço, o bicho pega.
Lembro-me de uma praga que soltei lá pelo final dos anos 60 quando meu então noivo foi velejar de barco de oceano e me convidou. Acontece que havia só homens como tripulantes e um dêles não quis que eu embarcasse. Sentí-me mal em impôr a minha presença e não fui junto para a regata e conformei-me em ser “viúva de vela”por várias horas e ficar esperando a volta do pessoal no Iate Clube de Santos, no Guarujá, onde não conhecia ninguém. Ao partirem, pensei maldosamente: tomara que quebre alguma coisa e voltem logo. Meia hora depois voltaram com a retranca quebrada.
Anos depois fui ao Rio de Janeiro com meu marido e seu proeiro, que estavam participando de importante campeonato da categoria Star. Num dos dias o proeiro ficou doente e meu marido me obrigou a tomar o lugar dêle no barco. Achei roubada porque é um barco extremamente técnico e requer tripulantes muito pesados. Nós dois éramos peso pena e estava um vento fortíssimo. Embarquei muito a contra-gôsto pois além de tudo não gostava de velejar com meu marido em regatas pois era muito cri-cri e nervoso. Na vela é sabido que casais ou irmãos não devem velejar juntos. Dá Briga. Bem, lá fomos nós e eu pensei com meus botões que poderia quebrar alguma coisa para voltarmos. Pensado e crrraash, tuuuum, o mastro partiu ao meio. Juro! Claro que nunca contei-lhe o meu pensamento negro...
Décadas depois aconteceu outro fato curioso com o poder das minhas pragas. Trabalhava já na falecida Gazeta Mercantil e, logo ao chegar, os meus funcionários estavam em polvorosa porque havia um pedido de um jornalista bem chato para uma pesquisa que demandaria muitas horas. Logo percebí que não seria possível no prazo estipulado e praguejei em alto e bom som “tomara que falte luz”. A luz se apagou e só voltou à noite.
Cruzes...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Frase do dia

Frase do meu amigo, o jornalista Vicente Vilardaga:
“A casa de Bin, no Paquistão, não tinha televisão, telefone e internet. Estão explicadas  as 23 crianças que andavam por ali”
Achei ótima.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mãe de velejador - 5

Em 1991 meu filho participou do último campeonato sul-americano da categoria Optimist, em Porto Alegre, pois estava completando 15 anos e iria deixar esta classe de vela.
Na época eu trabalhava num escritório que estava em dificuldades e não pagara os salários e assim o filhote não pode ir de avião como os colegas e teve de ir de carona com o técnico, o Boca, que anos mais tarde foi assassinado no Ceagesp, crime que repercutiu muito na imprensa. Foram puxando oito barcos numa carreta especialmente desenhada para isso e, ao chegarem ao local, constataram que não havia alojamento disponível. A primeira noite dormiram no carro no estacionamento do clube Jangadeiros à beira da lagoa dos Patos.
Assim como em São Paulo, também em Porto Alegre a vela é um entusiasmo familiar e várias gerações se perpetuam. Quando a famosa família gaúcha Parededa descobriu que havia um menino Bekman sem alojamento perguntaram-lhe de qual Bekman era filho e êle citou o nome do pai que outrora fôra um grande velejador mas que já estava entregue à bebida e nunca havia feito absolutamente nada pelo seu filho. A simpática família Paradeda não sabia nada disto e hospedou-o maravilhosamente bem e eu fiquei enciumada.
O campeonato transcorreu, deu tudo certo e por um pontinho o filhote não foi classificado para o mundial que seria realizado na Grécia. Lamentamos muito.
Como a querida Heloísa Paradeda estimulava o Ingo a ligar-me todos os dias, fiquei sabendo que voltariam de carro na mesma noite da entrega dos prêmios e, portanto, deveriam chegar em São Paulo pela manhã.
Só que não chegaram. Passaram-se as horas e eu fui ficando cada vez mais angustiada. Permanecí no meu trabalho aguardando um telefonema. Liguei para Porto Alegre e informaram que os dois haviam partido a noite com todos os barcos, como combinado. Ai, que nervoso. Os colegas tentavam me acalmar e a telefonista deixou uma linha do Pabx desocupada para o filhote ligar. Lá pelas 5 horas da tarde ligou dizendo com a maior calma que já estava em casa. Perguntei-lhe onde esteve e disse candidamente que dormiram em Torres e saíram de lá cedinho.
Uma grande falha de comunicação que quase me causou um enfarte.