quinta-feira, 31 de março de 2011

Gazeta Mercantil

Trabalhei mais de uma década no jornal Gazeta Mercantil e quando lá cheguei já pude observar que não ia lá muito bem das pernas. Deu para perceber que estava agonizante e que o proprietário Luis Fernando Levi era o único que não percebia isto. Rasgava dinheiro. Tinha uma claque de 64 diretores para adulá-lo e vivia completamente fora da realidade do jornal, entornando seus whiskies 12 anos.
Lá por 2001 os problemas se agravaram refletindo imediamente no atraso de salários e mesmo não pagamento dos mesmos. Levi buscou várias saídas tentando associar-se a outros sócios, ninguém sério, que só pioravam a situação. Lá pelas tantas apareceu o empresário-predador Nelson Tanure. Tentaram associar-se e o resultado foi que inicialmente um deu golpe no outro. Em 2004 finalmente Tanure arrendou a marca do jornal e chegou metendo o pé na porta. Demitiu, obviamente não pagou salários atrasados nem verbas rescisórias e recontratou uma parte com salários menores e como prestadores de serviços, sem direitos trabalhistas. Dizia de alto e bom som que a CLT deveria ser rasgada.
O fato é que estamos desde 2003 sem receber os salários atrasados e desde 2004 sem as verbas rescisórias. Temos processos trabalhistas correndo desde então mas a (in)justiça trabalhista aceita todos os subterfúgios e medidas protelatórias dos dois para não nos dar ganho de causa. É sabido que os dois transitam muito bem nos corredores sombrios do poder.
Em maio  de 2009 Tanure decidiu fechar o jornal que administrou extremamente mal e há tempos deixara de ser a galinha dos ovos de ouro pois o concorrente Valor, fundado em 2000, levou os melhores jornalistas e os melhores anúncios, abocanhando o mercado publicitário, estrangulando de vez o tradicional jornal, que até então não tinha concorrentes à altura.
Dia desses houve um grande rebuliço entre os jornalistas porque surgiu a notícia de que Levi, que voltou a ser dono da marca, reabriria o jornal.
Fiquei muito cética e acompanhei de perto. Ontem veio o desmentido. Levi afirma que ainda tem “alguns” passivos trabalhistas para resolver.
São mais de 354 “alguns”passivos trabalhistas na justiça para resolver.
Quando receberei o que tenho direito?

quarta-feira, 30 de março de 2011

Aeroporto ou pista de skate?

Na ilha Saint Bérthelemy, no Caribe, existe um aeroporto de 640 metros de pista. Sério!!
Os pilotos precisam de qualificação especial para pousar as pequenas aeronaves para que não caiam no lindo mar azul turquesa ao fundo:


terça-feira, 29 de março de 2011

Estacionamento

A gente pensa que estacionamento é um problema atual. Montreal no Canadá já enfrentava o problema em 1934. Veja que bonitinho:


segunda-feira, 28 de março de 2011

Dia do Planeta

Sábado último foi Dia Mundial do Planeta. Festejaram simbolicamente apagando por uma hora a iluminação de importantes monumentos ao redor do mundo: a Acrópole, a Torre Eifel, o Cristo Redentor e por aí vai.
A ideia parece ser a de conscientizar os povos para a preservação do nosso planeta, certo?
Eu não sei, não. Apagando por uma hora por ano as luzes  dos monumentos é de fato uma ação chamativa mas o certo não seria o contrário? Deixar apagado o ano inteiro e acender por uma hora por ano? Isto sim, me parece, ajuda a preservar os recursos energéticos. O resto me parece hipocrisia. Aaaah, mas aí vêm os interêsses turísticos que giram as economias locais. Sempre êles.
Aliás, o que se vê de iluminação noturna exagerada nas metrópoles beira o fantástico. Dia dêsses estava assistindo o programa 50 por 1, do Álvaro Garnero, e a cidade focada era Tókio, em reportagem feita antes da tragédia do furacão e do tsunami. Lá pelas tantas o apresentador exclama num passeio noturno: “está tão iluminado que parece dia!”
Não estou fazendo apologia das trevas mas seria muito bom e necessário diminuir os exageros.
Daí concluo que esta conscientização, embora válida, vá levar no mínimo uns 20 anos para que todos entendam e atuem de fato para a preservação de todos os recursos naturais, não só a energética.
Não sou eco-chata mas acho que está ficando perigosamente tarde para salvar este planeta.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Tema indigesto

Todo ano é a mesma coisa: lá vem a obrigação de declarar o impôsto de renda.
Baixa o software, instala, importa dados do ano anterior e enquanto isso pensa-se na montanha de impostos pagos o ano inteiro que não podem ser deduzidos. Até remédios e cesta básica tem super-taxação.
Faz-se a declaração rezando para que pelo menos venha uma restituiçãozinha para alegrar a galera. Sua-se ao clicar na opção “calcular impôsto” e se não tem nada a pagar já é motivo de festa.
O apetite do leão é mais voraz que de adolescente.
E o retorno? Boris Casoy resume: “Isto é uma vergonha”.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Muito chique

Meu notebook fofíssimo é, na verdade, um 2 em 1.
É máquina das mais modernas, dessas de 64 bits e Windows 7 e fiquei encantada quando chegou. Amei.
Só que eu trabalho com um software da Unesco para bibliotecas, o Microisis, para duas bibliotecas que administro e êle só roda em máquina de 32 bits. Numa das bibliotecas, pertencente à uma socióloga, já tive este problema. E não é que existem “ninjas” que conseguem simular dentro da máquina outra máquina de 32 bits que roda tranquilamente o meu software?
Contratei um ninja para fazer isto com o meu e ele o fez remotamente!!! Só tive de baixar da internet um tal de TeamViewer, acionar número e senha e passar para o Eduardo. Êste é o nome do meu ninja. Minha máquina começou a trabalhar sozinha enlouquecida, clica dali, baixa coisas daqui, vai prá cá, vai prá lá, abre tela, fecha tela, analisa, um sem número de “ok’s”. E o mouse só rodando na minha frente.
E eu tonta de tanto acompanhar e tentar entender. Enquanto êle ia trabalhando conversávamos pelo bloco de notas. Um barato.
Lá pelas tantas ficou pronto e tenho instalada uma máquina virtual com Windows XP. Faz até aquela musiquinha quando entro para utiliar meu Microisis.
Construiu também uma rede entre uma máquina e outra para a impressora. Isto também deu trabalho porque a impressora é meio antiga e o Eduardo teve de pesquisar muito na internet para construir essa rede. Mas conseguiu.
Sei de gente que duvida que isso é possível. Mas é espantoso o  que uma pessoa competente faz com a informática.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Origem da família

Qual a origem da minha família, a família Ramcke? É, no mínimo, engraçada. E foi descoberta durante a ascenção do nazismo.
Quando Hitler tomou o poder na Alemanha e começou a dar sinais de grave anti-semitismo obrigou a população a provar que era ariana. Foi a época áurea dos genealogistas, pois todos tiveram de recorrer a êles.
Assim também o meu avô paterno. Gastou uma fortuna para mapear a história da família para atender as diretrizes governamentais nazistas mas isso resultou num inesperado grande desastre.
Descobriu-se que o nome Ramcke foi usado pela primeira vez como nome artístico por uma dançarina judia de boite ou cabaré  em Londres, o que na época era sinônimo de vida airada. Esta dançarina teve um filho ilegítimo que batizou com seu sobrenome artístico. Não sei precisar as datas mas imagino que tenha sido lá pelo século 19.
Oh céus! exclamou a distinta família Ramcke em Hamburgo!
E meu avô gastou outra fortuna para encobrir esta vergonha.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Pronto...

... nova guerra no mundo, desta vez no norte da África.
Oficialmente é para proteger os civís da sanha do ditador Kadafi mas seguramente é para proteger o bom petróleo que tem na região e fazer girar a indústria bélica.
Desde quando guerra protege civís? 

sexta-feira, 18 de março de 2011

Batatas

Tenho algumas lembranças bem antigas quando ainda era muito pequenininha na Alemanha. Eram épocas de muita penúria, não havia alimentos, não havia nada e a luta pela sobrevivência no pós-guerra deve ter sido muito difícil mas eu não o percebia. Achava tudo normal.
Embora fôssemos privados de tudo eu não tenho nenhum trauma de infância como hoje se apregoa tanto. Brinquedos, nem pensar. Eu tinha uma boneca feita de meia, com os olhinhos, nariz e boca bordados e achava ótimo.
A parte de Hamburgo, onde morávamos, era ocupada pelos americanos e havia muitos saques e estupros. Para evitar um mal maior, sei disso hoje, fui despachada para a casa do meu avô, bem distante do centro urbano. Fiquei lá numa boa pois meu avô era muito criativo e sempre arrumava alguma coisa para eu brincar. Era um pequenino sítio com galinhas, porcos e árvores frutíferas: amoras, framboesas e coisas assim. Minha avó fazia toneladas de potes de geléia para estocar para o inverno e para trocar por outros alimentos.
Alí pertinho havia uma plantação de batatas e, para minha atual surpresa, já havia colheita mecanizada e o povo da região podia ficar na cerca esperando a máquina passar para catar as batatas que as máquinas não conseguiam colher. Lembra muito o final do filme Ilha das Flores que já postei neste blog.
Meu avô e eu também esperávamos na cerca e íamos catar as batatas no campo e eu tinha um aventalzinho com um bolsão onde colocava o precioso alimento. Percebia que era importante colher muitas batatas e o fazia com seriedade e alegria mas acho que nunca peguei mais do que umas três. Era uma forma de garantir uma sopa de batatas para o jantar. Hoje, olhando para trás, isto soa triste e penoso para uma criancinha mas garanto que não era e lembro deste tempo no sítio com meu avô como um época muito boa.
Depois soube que meu avô sofreu muito quando meus pais vieram me buscar para trazer para o Brasil.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Estou com mêdo

Os desastres com as usinas nucleares do Japão são assustadoras. Ainda mais se considerarmos que os japonêses são um povo correto, cordato e seguidor das leis. Mas pelo que andou sendo noticiado a usina de Fukushima estava mal administrada, sujeita a fraudes e desmandos. É usina velha, que já deveria ser dasativada.
Isto me leva a pensar em Angra I e II sendo administradas por estatal, que por sua vez é administrada por interesses meramente políticos. Angra I é velha e pergunto: dá para confiar? Está segura? Está sendo atualizada tecnologicamente? Não estará havendo mazelas e incompetência?
Ai, que mêdo!
Como os acidentes nas usinas japonêsas estão levantando a questão da segurança em todo o mundo fiquei curiosa em saber quantas usinas nucleares existem  e onde estão e obtive uma estatística de 4 anos atrás, assustadora:
Existem 440 usinas no mundo operando em 31 países. Qual será a próxima com problemas?
Alguns países dependem de maneira expressiva de centrais nucleares: Lituânia (80%), França (78%), Bélgica (60%), Eslováquia (55%), Bulgária (47%), Suécia (52%), Suíça (44%) e Alemanha (30%). Os Estados Unidos possuem mais de 100 usinas que produzem 20% do total de energia gerado naquele país.
A quantidade de eletricidade gerada pelas centrais atômicas norte-americanas é maior que toda energia elétrica produzida no Brasil.
Estamos falando em número de usinas. Resta saber quantos reatores tem em cada uma delas. 
Prefiro não saber.


Fonte: SBPC (O mapa é de 2000, mas dá para ter uma boa idéia)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Revolução gráfica

A Pixar, aquela produtora dos filmes Toy Story e outros, já está completando 25 anos.
Nos idos de 1986 apresentou pela primeira vez um filme de um minuto e meio de duração de animação gráfica num evento de computação gráfica quando todos  ainda estavam no nível  do Pac Man. A apresentação alcançou um estrondoso sucesso e esta é a razão pela qual até hoje a Pixar utiliza o simpático abajur saltitante do filme em seu logo. 

Vejam que bonitinho:


sexta-feira, 11 de março de 2011

Velocidade máxima

Estou solidária e entristecida com o terremoto e o tsunami no Japão.
Imagens impressionantes nos vídeos e fotos na internet e nos noticiários da televisão. E ainda o perigo de vazamento nas usinas nucleares. Inacreditável.
Pobres japoneses...
O mundo moderno  é espantoso e tenho de correr sempre para não perder o trem dos avanços tecnológicos. Digo isto pois a  desgraça toda aconteceu há mais ou menos doze horas (estou escrevendo às 16 horas) e o mundo inteiro já está sabendo e sobretudo vendo e acompanhando. A comunicação moderna é tão rápida quanto o próprio acontecimento.
Prá quem nasceu na década de 40 quando não tinha nem televisão e o cinema engatinhava é assombroso. Só havia mesmo o rádio para dar as notícias real-time e o têrmo provavelmente nem era êsse.
Repito entristecida: pobres e valorosos japoneses. 

quinta-feira, 10 de março de 2011

Irmão mala?

Quando chegamos ao Brasil meus dois irmãos mais velhos foram logo matriculados na escola e eu não.
Eu não entendia esta discriminação e na minha cabeça de criança achava que era porque eu não tinha uma mala igual a deles. Naquela época as crianças usavam umas pastas de couro que carregavam pela mão, bem diferente das mochilas de hoje. Desejava muito ir à escola e esperava ardentemente que alguém me desse uma mala para eu poder partir com meus irmãos. Eu até me admirava no espelho segurando uma das malas dêles e imaginava como seria bacana ter a minha com meus cadernos e lápis.
Morávamos em Campos do Jordão nesta época, onde meu pai arrumara um emprego como chefe de manutenção de uma fábrica de cachaça de pêra, a calvila, que pertencia a ninguém menos que Adhemar de Barros, dirigida por um testa-de-ferro, Mario Böckman.
Um belo dia meus pais nos surpreenderam anunciando uma viajem dêles à São Paulo e com um certo estardalhaço disseram que trariam uma coisa muito bacana para nós.
Imediatamente tive certeza que agora chegaria a minha mala e aguardei a volta deles ansiosamente sonhando com  minha nova fase de vida.
Lá pelas tantas voltaram, desceram do carro e nos convidaram a olhar no banco de trás do carro pois lá estava a surpresa. Não era a minha mala e sim um bebê recém-nascido!!
Que espanto e decepção. Até hoje não entendo porque não nos prepararam para a chegada do irmãozinho brasileiro caçula. Era bonitinho mas levamos um bom tempo para nos acostumar à ele.
Só vim finalmente a ganhar a minha mala no natal daquele ano e tive ainda de esperar um bom tempo para começarem as aulas. Mas desfilava com ela pela casa me achando muito sabida.

terça-feira, 8 de março de 2011

Dia Internacional da Mulher

Nas culturas ocidentais as mulheres já tem muito a festejar: direitos quase iguais, liberdades e responsabilidades. De modo bem generalizado cada uma vive como quer e pode.
Já em algumas culturas orientais, principalmente muçulmanas, a mulher ainda é vista como um ser com o diabo no corpo, escondida e totalmente dominada pelos homens.
Quando vejo e leio sobre isto fico arrepiada e horrorizada, principalmente com estas burkas, símbolo maior da subjugação e do atraso.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Tecnologia X velhinhos

Tadinha da minha mãe. Em abril vai fazer 89 anos lúcida e esperta até certo ponto.
Muito engraçada a sua relação com as novas tecnologias bancárias e a Internet. Compreende mas não compreende totalmente. Já há algum tempo eu tenho cuidado das suas finanças e faço tudo por internet banking e tenho todas as senhas. Ela acompanha tudo mas sempre rateia quando eu agendo as contas à pagar ou faço alguma transferência interbancária. Quer tudo impresso para arquivar porque é muito organizada. Explico-lhe que não é necessário pois é facilmente resgatável em caso de necessidade, mostro-lhe os saldos e ela conforma-se por algum tempo. Depois volta a pedir impresso mesmo quando lhe mostro que está tudo lá arquivado e não há necessidade de gastar papel e tinta.
Hoje surprendeu-me com a seguinte questão: eu preciso dar procurações  a você caso me aconteça alguma coisa para você poder pegar o dinheirinho!!! Ha, ha, ha.
Tadinha, é difícil mesmo compreender o mundo moderno para quem datilografava com algumas vias em papel carbono e fazia arquivamento e parou por aí.
Mas cozinha muito bem!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Olimpíada 2016 no lixo?

Daqui a cinco anos teremos a Olimpíada na cidade maravilhosa. Isto é sensacional.
No entanto, estou preocupada pois a vela, meu esporte favorito, vem reclamando há muito tempo da poluição da baía da Guanabara. Já cansei de ver e ouvir os velejadores xingarem de ter de competir entre sofás, geladeiras, cadáveres de cavalo, muitos e muitos sacos de lixo, etc. e água cheirando a esgoto.
Durante o PanAmericano em 2007 foi uma vergonha, um mico sem tamanho. Os competidores estrangeiros ficaram indignados embora as autoridades digam o contrário.
Alguém sabe me dizer se as providências já começaram? Dei umas googladas e não achei nada. Só promessas vagas...
O tempo está ficando curto.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Seleções

Não quero falar de seleções de futebol, não.
Trata-se da Seleções do Readers Digest, revista que marcou a minha infância e juventude e, pelo que tenho ouvido e observado, também teve e ainda tem influência na vida de muita gente da minha faixa etária.  E eu nem sabia que ela ainda existe.
Como fui alfabetizada já em português aprendí a língua muito rapidamente e meus irmãos também pois crianças, como se sabe, aprendem sem mêdo e sem restrições. Mas isto criou um problema para os meus pais pois nós crianças passamos a conversar entre nós na língua tupiniquim e eles não mais nos entendiam.
Alerta vermelho. Meu pai baixou um decreto: do portão para dentro da casa não podíamos mais falar português entre nós sob pena de termos de jantar em pé. Jantamos muito em pé.
Logo ficou claro que esqueceríamos o alemão com rapidez e aí veio outro decreto paterno: como não estávamos em escola alemã não evoluíamos no idioma e a sentença era que todo dia tínhamos de fazer uma cópia de matéria da Seleções em alemão, Das Beste von Readers Digest, que eu não sei onde arrumavam. Além da cópia, à noite éramos obrigados a dizer em alemão o resumo do copiado.
Como eu já gostava de ler acabava lendo as outras matérias e as famosas piadas da coluna “Rir é o melhor remédio” ou algo parecido.
Foi assim que aprendí a ler e escrever em alemão. Era chato, mas funcionou.
Só me arrependo de não ter feito o mesmo com meu filho.

terça-feira, 1 de março de 2011

Tum, tum

Dois apartamentos no andar acima do meu resolveram fazer reformas ao mesmo tempo.
Cá estou eu ouvindo tum, tum, tum o dia inteiro. E não fazem nem hora de almoço ao mesmo tempo de modo que o tum, tum é sem parar mesmo. Tum, tum, tum.
Não consigo nem ouvir meus pensamentos. Tum, tum, tum.
Estes tum, tum tem diferentes graduações de intensidade e intervalos de batidas. Não tem uma cadência musical e ainda reverbera pelas paredes e as vezes usam marreta e outras vezes martelo. Hmm, já estou craque em distinguir as ferramentas. Ainda não entraram com furadeira e lixadeira mas é só uma questão de tempo. Tum, tum, tum.
Tenho a nítida impressão de que meu teto vai rachar a qualquer momento.
Mas não posso me queixar porque também já fiz aqui uma grande reforma com muito barulho e não recebí reclamações da vizinhança.