segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Violetas enciumadas?

Preciso urgentemente de um psicólogo de plantas. Alguém conhece?
Tenho quatro violetas de mais de dez anos e sempre, sempre floriram exuberante e longamente umas 4 a 5 vezes por ano, juntas ou alternadas. Uma festa. Dou-lhes água diariamente e fertilizantes de vez em quando.
Estão com as folhas firmes e carnudas mas há meses não florescem. As quatro estão como que emudecidas. Terão combinado entre sí?
Tenho também duas avencas que no momento estão em profusão de crescimento de novas folhas, num verde lindo de se ver.
Desconfio que as violetas estão despeitadas com a exuberância das vizinhas.
Devo encarnar o Príncipe Charles e bater um papo com elas? Em inglês ou português?

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Suicídio ecológico

Gostei desta frase, dita pelo biogeógrafo americano Jared Diamond. Expressa clareza e urgência com o que está acontecendo com o nosso planeta, sobretudo quando ainda estamos sob o impacto das últimas graves catástrofes no Brasil, Austrália e mundo afora.
Este cientista deu uma longa entrevista no caderno Aliás do Estadão do último domingo, muito clara e precisa, apontando os graves problemas que estão provocando as mudanças climáticas.
Aponta o declínio e o desaparecimento de sociedades antigas, como os maias, os cambojanos de AngKhor Wat e Ilha de Páscoa e alerta que o mesmo pode acontecer conosco.
Cita como fatores principais do nosso declínio o impacto do homem sobre o meio ambiente, a mudança do clima pela queima de combustíveis fósseis e os envolvimentos políticos transfronteiras.
Tenho visto, incrédula, cientistas afirmarem que o atual aquecimento do planeta é proveniente de um ciclo natural.
Jared Diamond classifica isto de “Rubbish” – lixo, besteira. 
Não sou cientista mas concordo plenamente com ele.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Flutuador - Final

Esta semana terminou a série de reportagens sobre os quatro mananciais que abastecem a Grande São Paulo. O flutuador percorreu 570 km em 52 dias.
A última represa visitada foi a “minha” Guarapiranga, na zona sul da capital paulista.
Por conhecê-la muito bem frequentando-a durante décadas eu já imaginava os resultados da reportagem: muito lixo e baixa oxigenação da água provocados pela poluição proveniente das ocupadações irregulares executadas há décadas, córregos e rios adutores poluídos, assoreados e com esgotos diretos, muitas algas denunciando água podre, etc.
Quando chove, e tem chovido muito, o lixo vai direto para as águas o que provoca mais assoreamento. Até as duas ilhas, dos Eucaliptos (oficialmente ilha dos Macacos) e dos Amores estão com problemas de erosão, animais maltratados por linhas de pipas, muito lixo, etc.
Pude acompanhar de perto a degradação deste belo lago, do qual, lá pelos anos 60, bebíamos  água diretamente para nos refrescar durante as velejadas.
A Guarapiranga abastece 3,8 milhões de habitantes e, como muita gente sabe, é um celeiro de grandes velejadores e é muito difícil lutar contra sua degradação. A ONG SOS Guarapiranga e a Associação de Clubes da Represa (não sei o nome exato) estão tentando de tudo há muito tempo e os resultados são poucos.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Explosão em casa!

Ontem, por uma distração, quase pus fogo em minha casa! Ai, ai, ai.
Cozinhei uma panela com brócolis e esquecí de desligar o fogo. Abaixei a tampa de vidro do fogão, pus uma toalhinha por cima, como sempre faço, e coloquei a panela em cima para esfriar. Almocei, me arrumei para ir à casa de minha mãe velhinha para resolver questões de banco e compras e, ao sair e já com bolsa e chave na mão, percebí que a cozinha estava muito quente e havia um cheiro estranho de química queimada.
Verifiquei o fogão e constatei que não tinha apagado o gás e o paninho já estava preto na parte da boca não desligada. Tirei o pano e ví que o vidro também estava preto por causa do paninho. E aí cometí uma grande burrada. Temendo que o queimado não saísse mais do vidro apanhei um pano de limpeza molhado e quis limpar o vidro que imediatamente se estilhaçou em milhões de caquinhos que voaram pelos ares.
Fui atingida no rosto mas por sorte estava de óculos e nada aconteceu. A pia, a mesa, o fogão e o chão ficaram cobertos de estilhaços. Como a cozinha estava bem clara por causa do sol ficou parecendo uma mina de brilhantes do rei Salomão.
Larguei tudo como estava e fui cuidar da minha mãe.
Na volta levei uma hora para recolher todos os caquinhos, juntar tudo em um saco e fiquei pensando que os moleques que soltam pipas me dariam todo o conteúdo de seus cofrinhos para ficar com os cacos e serragens de vidro para fazer cerol, né não?

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Propaganda nazista

Credo, que título horrível, não? Mas não se assustem, quero apenas contar um fato de propaganda nazista de que meu pai foi testemunha ocular para ilustar como o povo alemão era enganado pelo Joseph Goebbels e seu Ministério da Informação e Propaganda. Eram iludidos atá quando já estavam perdendo a guerra.
Meu pai era engenheiro aeronáutico e, como estava num país em estado de guerra, foi enviado compulsoriamente para um campo de provas de aviões em Rechlin para trabalhar. Orgulhava-se de nunca ter sido soldado ou ter pego em armas e nunca ter compactuado com o nazismo. Era apenas obrigado a trabalhar para eles mas gostava do que fazia.
Neste campo eram desenvolvidas tecnologias para melhorar os aviões. Meu pai trabalhou na equipe que desenvolveu as poltronas ejetáveis de aviões em perigo. Tinham vários aviões à disposição para as pesquisas e lembro-me que citava sempre em suas histórias o famoso Messerschmidt.
Quando várias tecnologias inovadoras ficavam prontas montavam um avião para testar tudo em pleno ar.
 E aí entra a propaganda. Os aviões, as vezes incompletos, tinham até fuselagem de papelão mas eram pintados com as cores da Royal Air Force, a RAF inglesa, e os vôos e o abatimento do avião “inglês” era filmado pela turma do Goebbels. Os filmes eram exibidos nos cinemas de toda a Alemanha enaltecendo a Luftwaffe que havia abatido mais inimigos.

Propaganda enganosa...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Wikipedia

A Wikipedia está completando dez anos.
Quando se iniciou olhei-a com muita desconfiança pois profissional da informação que sou preocupa-me sempre muito a origem e a confiabilidade do conteúdo que se apresenta sob todas as formas, livros, jornais,etc. e, claro, as mídias eletrônicas.
Como a Wikipedia se anunciou como fonte de informações e conhecimento feita por voluntários anônimos não pagos fiquei cética pois terão estes voluntários gabarito intelectual para compor uma enciclopédia?
Terão isenção de preconceitos de religião, raça, cultura, conotações políticas, etc.?
Na época do lançamento resolví checar com algo que realmente conhecia: a biografia de um renomado esportista olímpico e empresário de sucesso, amigo meu.
O verbete retornou a biografia empresarial do pesquisado, com perceptível viés esquerdista, apresentando-o como capitalista inescrupoloso, colaboracionista dos governos militares e não fez nenhuma menção aos seus feitos esportivos internacionais e olímpicos.
Fiz outras pesquisas sobre temas que domino, como a minha profissão, e algumas foram satisfatórias e outras nem tanto.
Concluí, talvez um pouco radical demais, que esta fonte não era muito confiável e desprezei-a por muitos anos. Ao longo do tempo, porém fui percebendo que muitos a usavam e me deparei no último domingo com excelente artigo no Estadão  que descreve a evolução da Wikipedia, seu aperfeiçoamento e constante busca pelo conhecimento confiável.
Repetí a pesquisa sobre o empresário amigo e pude perceber que mudaram totalmente o conceito sobre a pessoa. O verbete retornou apenas sites, matérias de publicações e links sobre a carreira esportiva do cidadão. Ficou claro que com o passar do tempo houve uma decantação e seus feitos esportivos tornaram-se mais importantes que os empresariais em sua biografia. Achei corretíssimo.
Repetí também pesquisas com verbetes sobre a minha profissão e fiquei bastante satisfeita com os resultados e as fontes apresentadas.
Isto é uma evolução, um aperfeiçoamento cuidadoso pois pude verificar que há revisões e são citadas fontes de boa qualidade.
Isso é muito bom.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Coincidência é isso

Está escrito na minha certidão de nascimento: nascí em Mirow (Alemanha) na rua Hindenburg n. 14 em 1944. Portanto nascí em casa. Meus dois irmãos mais velhos tem a mesma legenda de vida.
Uns vinte anos depois, frequentando o colegial do Colégio Porto Seguro perto do centro de São Paulo, fiz amizade com a Huschi, que é minha amiga até hoje.
Um dia convidou-me para almoçar em sua casa e conhecer sua família.
À mesa, para fazer conversação, o pai dela me perguntou onde nascí.
De brincadeira recitei a minha certidão – “Nascí em Mirow, rua Hindenburg n.14”
-“Como?”espantou-se.
-“Sim, está na minha certidão. Saímos de lá quando eu tinha 9 meses” respondí assustada, temendo ter cometido alguma gafe.
- “Você tem certeza?” indagou com ar incrédulo.
- “Sim” retruquei mais assustada ainda.
O almoço terminou e o pai da minha amiga foi ao seu escritório no andar de cima da casa.
Depois de algum tempo voltou com uma pasta amarelada nas mãos e disse-me:
- “Veja estes documentos: você nasceu na minha casa. Seus pais devem ter sido meus inquilinos. Esta casa me pertence até hoje, embora  agora fique na Alemanha Oriental”.
Meus pais confirmaram a história!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Flutuador

Anteontem terminou a expedição na terceira represa visitada pelo flutuador, a Taiaçupeba, do sistema Alto-Tietê, perto de Suzano.
As condições são assustadoras: mau cheiro da água, cheia de água-pés o que indica alta poluição, péssimos niveis de oxigênio e indícios de rápida deterioração.
Com tudo isso este manancial abastece 3 milhões de habitantes da Grande São Paulo.
A cidade está sendo abastecida por suco de lixo?
A Sabesp sempre afirma que o tratamento da água é bom e seguro. Eu não acredito pois, afinal, é uma estatal e todos sabemos da sua ineficiência. Mas não pode ser culpada pelos atos dos ignorantes humanos que deterioram tudo. 

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Iupiii!!!

O meu filho foi declarado curado, iupiii!!!
Como eu já disse aqui o meu ano novo cronológico começou no dia 1 mas o ano novo feliz só começou ontem quando meu filhote fez a consulta final ao médico e foi declarado curado da terrível colite que o acometeu em agosto do ano passado. Emagreceu uns vinte kilos.
Agora até já engordou uns dois e está bem. Tomara que isto não volte nunca mais.
Não é fácil para uma mãe acompanhar filho doente e não poder fazer nada. Ainda bem que em nenhum momento perdeu seu costumeiro bom humor fazendo até os outros rirem de seus constantes pirirís.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Outro tipo inesquecível

É até falta de respeito chamá-lo de tipo pois Boris Schnaiderman é um Mestre, um Professor como poucos. Foi meu professor de russo na USP.
Pois é, em 1970 resolví estudar língua e literatura russa em plena ditadura militar! Uma maluquice, segundo os que me rodeavam. O curso era tudo o que eu queria: língua e literatura portuguesa, literatura brasileira, linguística (adoro), idioma russo, literatura russa. Um deleite para minha ânsia da época de adquirir cultura. O curso era bem puxado.
Mestre Boris era calmo, amante da boa prosa e nos guiava serenamente pelos Puchkin, Maiakovsky, Gorki, etc. Acompanhava com interêsse os progressos que cada aluno da classe fazia no aprendizado do idioma, dado por outro professor, e alegrava-se dizendo que leríamos as obras em russo logo mais!! Sabíamos que já naquela época era o maior tradutor das obras russas e um intelectual respeitadíssimo, como é até hoje aos 93 anos, e nunca teve um único ataque de estrelismo.
O difícil naquela época era fazer com que os milicos entendessem que estudar a cultura e o idioma russo não tinham nada a ver com comunismo. Mas claro que não entendiam. Perseguiam o nosso querido professor e como a USP frequentemente era cercada pelo Dops ou sei lá qual polícia e havia alcagüetes em cada classe, uma bela noite assistimos o triste espetáculo dele ser preso na nossa frente e levado algemado para os arcabouços da ditadura porque protestou contra a entrada dos milicos na sala exigindo que os alunos apresentassem documentos. Fala disso na reportagem "linkada" acima. Foi preso várias vezes.
Abandonei o curso já no final do segundo ano porque não aguentava mais ser retida toda hora dentro do campus, para averiguações, com metralhadora no peito. Uma pena.
Tenho orgulho em dizer que o Professor me telefonou no ano seguinte perguntando porque não estava frequentando o curso.
O vento me levou prá outros ares...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Flutuador

Durante toda a semana passada o flutuador analisou a represa Paiva Castro, em Mairiporã, na Grande São Paulo, que abastece metade da população da região metropolitana.  
 Dan Robson percorreu 44 km pelas margens com seu bote neste belo ambiente.
O quadro dos mananciais paulistas continua assustador: embora as margens ainda estejam cobertas de mata nativa, esta represa está assoreada, sofre com caça e pesca irregular, já há ocupação irregular em suas margens e muito lixo.
A água ainda apresenta bons níveis de oxigênio mas, pelas reportagens, fica claro que também é um paraíso ameaçado.
Se considerarmos que o próprio represamento dos rios já é uma interferência/ destruição dos ambientes naturais, o homem destrói aquilo que construiu.
E é a água que nos é oferecida.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Sonhos de criança?

Lembram dos brinquedinhos de montar  da Revell?
 Pois é, olhem só no que dá montar seus sonhos:

Ein Schild sagt mehr als 1000 Worte...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Finalmente


Quando a terra terminar
Com uma grande explosão solar
E tudo virar pedaço
Que era pedra, pau ou aço
E os continentes e o mares
Forem todos pelos ares
E os Alpes e as muralhas
Forem apenas migalhas
Numa nuvem espalhada
Que gira em torno do nada,
Sei que então, e só então
voando em formação
com moedas e dedais
e os restos de catedrais
será finalmente encontrada
aquela minha Parker 51
com tampa prateada
(Luis Fernando Veríssimo, Poesia numa hora dessas?)

Ha, ha, ha, só quem é da minha geração consegue  entender  o que significava perder uma Parker 51.
Eu tive uma caneta tinteiro Parker 21, uma graduação menos chique da 51, que ganhei quando passei pelo exame de adminissão de ginásio de estado. Tinha meu nome gravado.  Era linda, vinho com tampa prateada e durante muito tempo conseguí salvar da sanha do meu irmão de “desmontar para ver como funciona”.


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Eu queria

Quando entrei no mundo acadêmico, por volta de 1967, achei que deveria então lutar para transformar-me numa intelectual daquelas bem cultas. Não sabia, e não sei até hoje, em que momento se dá o pulo do gato, sabia apenas que teria de ler muito, o que já fazia, estudar muito, o que também não me causava nenhum problema e fazer amizades acadêmicas, o que me causava muitos problemas porque era muito tímida.
Além disso eu vivia muito integrada no mundo da vela que amava e amo até hoje. Participava de regatas, velejos-treino e depois de constatada a minha  pouca habilidade, virei juíza. Adorava, tendo todos os fins-de semana reservados para o esporte o que perdurou décadas e não concebia fazer outra coisa.
Como  cursava a faculdade de Bibliotecnomia na Escola de Sociologia e Política, logo me ví num impasse: ou bem vivia a vida acadêmica intensamente ou velejava. Como  eu também já trabalhava  nesta época percebí que fazer os tres era bem difícil. Eu bem que tentei. Na escola, entre outras matérias, tínhamos também aula de História da Arte que era lecionada pelo pintor Oswald de Andrade Filho, o Nonê. Sim, filho do famoso Oswald de Andrade, poeta, romancista, escritor , etc. O Nonê era muito querido e contava muitas histórias de suas viajens com o pai, a Anita Malfati, Tarsila do Amaral e outros e volta e meia nos convidava para ir ao seu ateliê para conhecer outros pintores e intelectuais. Eu, ainda tomada de um desejo romântico de vir a conhecer intelectuais e, quem sabe, um dia ser um deles, fui em certa ocasião com mais duas ou tres colegas ao dito ateliê, em pleno sábado à tarde.
Para mim era um sacrifício e chegava a me causar dor física abandonar os barcos durante uma tarde de sábado. O ateliê era escuro e bem ateliê mesmo, cheio de tintas, bagunça, panos sujos, cavaletes e telas. Tinha várias pessoas jovens, todos conversando e bebendo. Sobretudo bebendo. Não ouví nenhuma conversa intelectual e achei o ambiente enfadonho. O salão tinha apenas uma janela e por ela eu via o sol e, em vez de apreciar as pinturas que estavam sendo produzidas e me encantar com a arte, tentava desesperadamente farejar que tipo de  vento estava soprando, para adivinhar o desenrolar das minhas adoradas regatas. Lá pelas tantas a bebedeira aumentou  e percebí que um dos jovens pintores começara a medir insistentemente a minha bunda. Achei melhor me escafeder dalí. Será que algum deles ficou famoso?
A vela venceu, o mundo acadêmico ficou só no básico, minhas colegas de faculdade me achavam meio maluca quando eu contava dos barcos e só uns anos mais tarde voltei a tentar equacionar as duas forças que me puxavam como um cabo de guerra, o saber e o esporte.
Conto em outra ocasião.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Dia útil

Primeira segunda feira útil de 2011. Dia chuvoso e um tantinho frio. Ótimo para tomar chá e ler um bom livro e com um  ano inteiro de dolce far niente pela frente.
 Já faz um ano e quatro meses que não trabalho mais e é incrível como desenvolví capacidade de me ocupar mesmo sem ter  mais a obrigação militar de sair de casa em determinado  horário para o trabalho e voltar cansada e esperar ansiosa pelos fins-de-semana e feriados. Achei que nunca iria me acostumar a ficar sem atividade obrigatória. Acostumei fácil, fácil.
Leio muito, leio tanto que até confundo tudo que leio. Acabei de ler um livro do Cronin em alemão, cujo título em inglês é The stars look down, romance que tem como ambiente as minas de carvão na Inglaterra e suas péssimas condições de trabalho, baixos salários, empresários inescrupulosos, a politicagem ao redor, a indolência do poder público, tudo isto antes e durante a Primeira Guerra Mundial.
De lá para cá não mudou muito, não é?
Agora resolví reler o Henfil na China antes da Coca-Cola. Vamos ver. Não sei muito sobre a China, não consigo decorar aqueles nomes difíceis mas como está se transformando na locomotiva mundial, vou recomeçar com o Henfil que esteve lá em plena ditadura militar aqui e ditadura comunista lá. Vou pegar o meu atlas e, quem sabe, aprendo pelo menos os nomes das províncias.
Também adoro fazer tapetes, alguém quer? É um trabalho de paciência e atenção mas não é muito bom para se ocupar no verão pois a lã esquenta muito. Vou pedir à minha nora para fotografá-los e expô-los aqui. Ela me lê e agora já sabe do meu pedido.
Agora o chá...