quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Finalmente


Quando a terra terminar
Com uma grande explosão solar
E tudo virar pedaço
Que era pedra, pau ou aço
E os continentes e o mares
Forem todos pelos ares
E os Alpes e as muralhas
Forem apenas migalhas
Numa nuvem espalhada
Que gira em torno do nada,
Sei que então, e só então
voando em formação
com moedas e dedais
e os restos de catedrais
será finalmente encontrada
aquela minha Parker 51
com tampa prateada
(Luis Fernando Veríssimo, Poesia numa hora dessas?)

Ha, ha, ha, só quem é da minha geração consegue  entender  o que significava perder uma Parker 51.
Eu tive uma caneta tinteiro Parker 21, uma graduação menos chique da 51, que ganhei quando passei pelo exame de adminissão de ginásio de estado. Tinha meu nome gravado.  Era linda, vinho com tampa prateada e durante muito tempo conseguí salvar da sanha do meu irmão de “desmontar para ver como funciona”.


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