Quando era menina eu achava que os acentos enfeitavam as palavras e me empenhei em aprender bem esta questão para enfeitar tudo certinho. Hoje não sei mais nada...
Fui alfabetizada já em português e era considerada boa aluna na matéria. Quando fiz exame de admissão ao ginásio estadual passei em ótima classificação. Digo isto apenas para me credenciar a afirmar que sabia acentuar.
Sou do tempo em que substantivo quando virava advérbio recebia acento grave. Explico: invariável (substantivo), invariàvelmente (advérbio). As gerações mais novas nunca viram isto, né não?
Depois que concluí oss estudos, vieram algumas reformas ortográficas da língua portuguesa. Eu nem sei dizer se foram duas ou três. O grande problema é que fixei muito fortemente o que aprendí na infância e, já na idade adulta, cheia de tarefas, estudos, trabalho, filho, casa, esportes, problemas, etc., etc., não dei mais a devida atenção a estas modificações. Nem as decorei.
Muito recentemente tivemos uma reforma que tirou o acento agudo das palavras terminadas em eia: ideia. Achei estranhíssimo. Meu dedo acentua automaticamente, igual ao dedinho de gay segurando a xícara. Que tenham tirado o trema, tudo bem, ninguém mais usava mesmo.
Ôps, que insegurança, ninguém tem acento ou caiu também?? E aí reside o meu grande problema, o que caiu, o que não caiu... É tombo atrás de tombo. Ainda bem que tenho um amigo que é ótimo ortopedista.
E o hifen, hein? O Professor Pasquale já decorou as novas regras?
Confesso que tenho imensa preguiça (o trema caiu, tenho certeza, ou não?) em sair pesquisando e estudando as reformas para escrever aqui corretamente. Ai, ai, ai
Ora, direis – instale um corretor ortográfico!!!! Mas quem me garante que o corretor sabe tudo? Já ví cada barbaridade desses corretores.
Deveria haver limite de idade para aprender as novas regras. Está elencado no Estatuto do Idoso?