domingo, 5 de dezembro de 2010

Helicóptero prá todo mundo!

Começou a temporada de alagamentos na região metropolitana de São Paulo. Aliás, nas outras cidades também.
Todo ano são as mesmas imagens, as mesmas situações, só aumentam os locais. A cada temporal as cidades ficam debaixo d`água, automóveis flutuam, pessoas são obrigadas a se pendurarem em muros e árvores ou tentar sair dos carros submersos. E o lixo flutuando, entupindo os bueiros e aumentando a confusão.
Tenho dó dos prefeitos que correm atrás dos problemas, não conseguem solucioná-los e são atropelados pelo vertiginoso crescimento da metrópole e da falta de educação do povão.
Um dos motivos porque parei de dirigir carro foi o pânico que sentia ao ver o céu preto e a ameaça de alagamentos. Agora ando de “busão” e de táxi e, acreditem, ficou bem mais barato e meu nivel de stress diminuiu muito. Não sinto mais medo ao sair em dia de anunciada tempestade.
Um dos motivos da origem do meu pânico aconteceu no Rio de Janeiro no final dos anos 80, quando levei meu filho para competir no Campeonato Brasileiro de Optimist (uma categoria do iatismo) e aluguei um apartamento na lagoa Rodrigo de Freitas e tinha de dirigir todos os dias até a Ilha do Governador. Era janeiro e chovia torrencialmente todo final de tarde. Tinha de voltar com três crianças a bordo pela avenida Brasil, uma verdadeira arapuca em dia de enchentes. Em dias normais também. Formava-se um imenso rio e eu tentava dirigir na marola dos ônibus. Só que outros carros também queriam pegar o espaço, para não saírem flutuando e eu tinha de ficar grudada nos ônibus ou caminhões para prosseguir viajem. Rezava para que nenhum parasse. Era um caos. Não se podia parar em algum acostamento e esperar pois se era assaltado!! Fico com o coração pulando só de lembrar.
Será que estas cidades e este povão, jogador de lixo, tem jeito?
Só voando de helicóptero...

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