quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Hospital, que medo!

Todo mundo está consternado com o que aconteceu com a menina Stephanie, que morreu num hospital na zone norte de São Paulo, porque recebeu vaselina líquida no lugar de soro na veia, por equívoco de uma atendente de enfermagem (aqui). A atendente enganou-se porque os frascos eram absolutamente idênticos e as etiquetas muito pequenas.
Agora está todo mundo discutindo a questão e as opiniões divergem. Acho que a atendente não deve levar a culpa sozinha pois o erro é de embalagem e isto deve ser creditado aos superiores e à administração da enfermaria, senão do hospital.
Não há quem não tenha ouvido falar ou viveu erros médicos ou de enfermagem em hospitais e pronto-socorros. Conheço muitos.
O mais grotesco aconteceu com meu filho no Hospital São Camilo, quando fez uma artroscopia no joelho: depois da cirurgia o médico, amigo meu, veio conversar comigo e deu as instruções pós-operatórias e não prescreveu nenhuma medicação até o final do dia. Aguardei o filhote voltar, que veio dormindo ainda meio anestesiado. Demorou a acordar. Eu queria ir ao banheiro, mas por alguma razão mais forte do que eu, (ô, instinto de mãe!), não fui e fiquei zelando pelo seu sono. Dali a pouco entrou uma atendente, rindo e apressadinha, que queria aplicar-lhe uma injeção.
Interpelei-a dizendo que o médico não havia dito nada sobre isso e ela insistiu. Pedí para ver a papeleta que ela trazia e verifiquei que o nome do paciente era Miguel. Meu filho chama-se Ingo. Mostrei-lhe o engano. E ela, ainda rindo, constatou “ah, desculpe, acho que errei de quarto. Eu sou nova aqui”.
Não sei qual remédio ia aplicar mas será que teve noção do estrago que poderia provocar?
Me arrependo  até hoje de não tê-la denunciado à sua chefe.

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