sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A vida com ela é

Passei ontem boa parte do dia no hospital com a minha mãe velhinha.
O atendimento dos planos de saúde são falhos porque compostos de muita gente e condições precárias de atendimento. Ficamos horas na sala de espera do pronto socorro  e mais umas tantas horas aguardando pela execução da medicação indicada pelo médico. Nada mais estafante do que isso: submeter os doentes a stress por horas de angústia.
É incrível, porém, observar que apesar da superlotação das enfermarias, os enfermeiros conseguem ser atenciosos e gentis. O rapaz que atendeu minha mãe era paciente, eficiente e calmo e perfeitamente adaptado à estafante rotina de uma enfermaria lotadíssima com um mundo de gente solicitando seus préstimos. E sem direito a errar...
Enquanto aguardava, já dentro da enfermaria, os procedimentos se realizarem, observei a precariedade da vida, principalmente dos idosos. Dúzias deles prostrados e gemendo em cadeiras e leitos, pendurados em soros e remédios lutando por obter um bem estar cada vez mais distante e não prometido.
Dizem que a terceira idade é a melhor idade. Não concordo com isso quando vejo descortinar-se à minha frente este mundo da saúde precária e, sim, do atendimento precário.
Espero não ter de voltar tão cedo à dura rotina de um pronto-atendimento.




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