Lá pelos meados de 1980 eu costumava ir com meu filho a São Vicente onde meus pais tinham um apartamento na pontinha da Ilha Porchat. O prédio, antigo, não tinha garagem e os carros ficavam estacionados na rua.
Eu tinha um Gol verde e um dia, olhando pela janela, vi meu carro que estava estacionado na frente de um Gol igual só que cinza, aberto e um rapaz estava deitado com as pernas para fora mexendo no banco de trás do meu carro. Chamei e mandei que parasse e desci correndo. O rapaz estava assustado quando cheguei perguntando o que fazia no meu carro. Ele afirmou que o carro era da sua prima, do mesmo prédio, e que estava instalando um aparelho de som nele! Foi um imbróglio. Afirmei que o carro era meu e questionei como conseguiu abri-lo e ele disse candidamente que a prima havia dado a chave e com ela abriu o carro. Nisso chegou a prima e me contou que o carro cinza era o dela e que o primo não conhecia o carro pois havia acabado de chegar. Ou seja, a chave deles serviu no meu carro e o mais interessante é que entre eles ficara combinado que o rapaz instalaria o som e levaria o carro imediatamente embora para o interior do estado.
Se eu não tivesse olhado pela janela até hoje estaria procurando meu carrinho. Achei incrível a chave caber em dois carros sem problemas.
A Volkswagen explica?
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