quinta-feira, 25 de abril de 2013

Da série "mães culpadas" - 2

No post anterior escrevi sobre a eterna culpa que as mães sentem em relação aos cuidados com seus rebentos e afirmei que senti a mesma coisa durante toda minha vida de mãe e só sei que um sentimento injustificado mas está sempre presente.
Hoje estou livre pois o filhotinho já tem 36 anos e quem cuida dele é sua esposa Letícia que o faz com zelo. 
Recentemente teve a gripe suína braba e eu não senti nenhuma culpa e o casal tratou do assunto sem minha ajuda. Eba! Estou libertada.
Mas nem sempre foi assim. Lembro-me de muitos episódios e doenças que o moleque teve e o sentimento estava  sempre lá.
Lembro particularmente de quando engoliu, ainda bebezinho, um alfinete de pressão num rápido descuido meu. Ai, ai, que sofrimento. A dúvida era ainda maior pois não sabia se o alfinete estava aberto ou fechado.
Corri para o pediatra que mandou fazer um raio X do abdomen onde ficou constatado que o  objeto que não devia estar lá de jeito nenhum já estava no intestino e fechado! Ufa. Menos mal. Tive de oferecer-lhe uma dieta que lhe entupisse o intestino para que o bolo fecal expulsasse a coisa e lá fiquei eu vários dias cutucando fezes com um palito para ver se o alfinete aparecia. Demorou vários dias mas por fim deu tudo certo.
O curioso é que sinto culpa desse perigoso episódio até hoje. Acho que só as mães me entendem...

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