terça-feira, 9 de abril de 2013

Uma jóia perdida

Dia desses fui passear num shopping e olhei também as vitrines de jóias. Seus brilhos me fascinam, mas ao contrário do que se possa imaginar, não as desejo. Não me vejo com jóias. Acresça-se  a isto de que hoje em dia em São Paulo usar jóias é atrair perigo.
Gosto, isto sim, de bijuterias modernas. Aliás adoro me enfeitar com elas.
Mas ao olhar as vitrines das joalherias lembrei-me de um fato marcante na minha vida. Num aniversário dos meus 16 ou 17 anos surpreendentemente ganhei uma jóia do meu pai. Era um trevo de quatro folhas de água marinha e uma folha de ouro numa correntinha também de ouro. Uma linda jóia clássica. Naquela época ainda podia-se usá-las e eu aproveitei muito pois adorei a gentileza do meu pai em me presentear com isto.
O sentimento tinha maior importância para mim do que o valor da peça. 
Anos depois, já com meu filho no colo fui num churrasco do grêmio da empresa onde meu pai trabalhava e resolvi usar o trevinho na corrente, Toda mãe sabe que filho no colo adora agarrar as correntes no pescoço  e eu também sabia mas resolbi arriscar assim mesmo. 
A festa rolava e lá pelas tantas me dei conta de que não tinha mais a minha corrente no pescoço. Meu filhotinho provavelmente arrancou. O local era muito grande e todo gramado mas ainda assim procurei o resto da tarde pela minha jóia e muito arrependida de tê-la usado neste dia. Avisei o gerente do sítio da perda e ele ficou de mandar procurar no dia seguinte. Se procurou mesmo eu não sei mas o fato é que nunca mais apareceu.
Lamento até hoje a perda deste mimo pois nunca esqueci do meu trevinho de águas-marinhas.

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