terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Raios me partam

Acabo de ler na Veja SP que a cidade de São Paulo registrou o maior número de raios na última década e que o Brasil é o primeiro do ranking mundial em número de raios. Claro que esta classificação está influenciada pela vasta extensão territorial do nosso país mas é assustador assim mesmo. 
Muito recentemente um casal morreu atingido por um raio em Bertioga, no litoral paulista e lê-se a toda hora histórias semelhantes.
Eu mesma tenho dois episódios a contar, dos quais participei diretamente.
Um foi na represa de Guarapiranga, em São Paulo. Estava comandando uma regata de optimists (barcos pequenininhos para crianças) no meio de grossa tempestade quando um raio atingiu o mastro de um dos barcos. O menino foi atirado fora do barco e o mastro abriu-se todo e a vela ficou bem rasgada e chamuscada. Por sorte não houve mais nada e tivemos apenas o trabalho de resgatar o menino e seu barco avariado. Mas a cena não me sai da cabeça, o enorme estrondo e a faísca poderiam ter matado o bravo velejador.
O outro foi lá pela década de 1950 quando eu morava com minha família num sobrado perto de Santo Amaro em São Paulo, quando no meio de uma noite fomos todos atirados da cama com um estrondo ensurdecedor. O susto foi grande. Meu pai correu pela casa toda para verificar o que havia acontecido mas não descobriu nada e tudo parecia normal.
Na manhã seguinte, porém, o vizinho bateu à nossa porta para avisar que havia um enorme buraco na parede da nossa casa, bem perto da cumieira onde juntava o telhado de duas águas. Descobrimos então que um raio havia atingido nossa casa e descido pela caixa d'água e os canos. Foi um milagre não ter acontecido mais nada pois nem a caixa d'água estourou e o estrago limitou-se ao buracão na parede externa. Mas foi um susto enorme.

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