sexta-feira, 15 de abril de 2011

Bisavô fanfarrão

Da série histórias de família sempre aparecem algumas bem bizarras e na minha família não é diferente.
Meu pai gostava de contar uma história do meu bisavô materno, um tal de Meyer ou Meier, não sei. Só sei que não era chegado muito ao trabalho e dado à farras e trapaças. Explorava a mulher dêle sempre pedindo dinheiro para ir arrumar emprêgo de fiacre para causar boa impressão e lá ia êle para a esbornia.
Depois de um tempo, infelizmente não sei como, arrumou emprêgo de capitão de um iate chiquérrimo de um nobre russo e lá pelas tantas ancorou em Gênova, na Itália. Comentou no pôrto que o barco era dêle e, como também era dado ao  jôgo, entrou numa jogatina e foi instigado a apostar o iate. Não deu outra, apostou e perdeu!
Teve de fugir e desapareceu durante anos sem deixar vestígios.
Muito tempo depois a família descobriu um livro em que era contada a história de uma expedição inglêsa ao Egito para descobrir a nascente do rio Nilo e lá estava citado o nome dêle como... carregador.
Nunca mais reapareceu.

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