segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Tempo fugaz

O tempo está sendo traiçoeiro. Está me pregando peças.
Há muito que já não conto o passar do tempo em anos, mas sim em décadas. Fica mais fácil relembrar uma vez que já vivo tanto. Sempre caio na esparrela de achar que as coisas são imutáveis e quando percebo o tempo já modificou tudo.
Por exemplo, sei muito bem que meu filho tem 36 anos, está casado e tocando sua vida mas tenho a tendência de querer protegê-lo pois tenho dificuldades em observar o inexorável passar do tempo e ver que ele pouco precisa de mim.
Esta passagem do tempo está sendo muito rápida, algoz das minhas lembranças e me prega peças a todo instante,  como já disse lá no começo.
Novamente senti impacto forte ao ler ontem matéria no Estadão sobre o Robert Scheidt. Conheço-o desde que nasceu, lembro dele criança velejando sempre com seu chapeuzinho branco e mal sabíamos a joia rara que tínhamos em nosso meio.
Pois não é que nesta matéria ele declara que já tem 39 anos e precisa cuidar do corpo, aprimorar seus treinamentos físicos?
Sempre soube a idade dele e que ganhou sua primeira medalha olímpica de ouro em 1996 em Atlanta, lá se vão 16 anos e já ganhou várias outras e é hoje um dos melhores velejadores do mundo.
Mas a declaração nua a crua dele de que já tem 39 anos me causou forte comoção. Como assim? Já passou tanto tempo? Como pôde passar tão rápido?
Impressionante esta máquina do tempo.






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