terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Viajem ao Caribe - Aeroporto

Lá por 1997 resolví me dar um presente: convidei minha cunhada Elisabeth e fomos para St. Maarten, uma ilhota no Caribe.
Um ano antes o furacão Luiz fez muitos estragos por lá e no ano seguinte a ilha, para reconquistar os turistas amedrontados, fez umas ótimas promoções de preços e lá fomos nós pois, como se diz, o furacão só volta ao mesmo lugar a cada duzentos anos e eu tomei ao pé da letra.
A partida em avião fretado de uma tal de Taesa mexicana já foi preocupante: demorou algumas horas, verdade, para conseguirem fechar a porta do avião. Deveríamos ter partido por volta do meio dia e só levantamos vôo às quatro da tarde. A dúvida era se depois a porta abriria.
Vôo tranquilo e quando o avião começou a baixar fiquei preocupada porque as ilhas todas do Caribe lá do alto pareciam tão pequenas que achei não haver espaço no meio dos tufinhos de luzes que víamos. Lá pelas tantas baixou de vez e quase não rolou na pista dando uma freada tão forte, uma estancada tão brusca, que quase achatamos o nariz na poltrona da frente.
No aeroporto, um pouco mais que uma casa de um guichê só, vimos um monte de jovens fardados da marinha americana com sua característica arrogância que chegaram em outro vôo. Invasão na ilha meio francesa e meio holandesa de 87 km quadrados?
A ilha é um charme: o lado francês é mais bem cuidado e sua capital Marigot, de pouco mais de cinco ou seis ruas tem vários bistrôs, localizados numa baía com muitos barcos ancorados. O lado holandês, menos bem cuidado, com sua capital Phillipsburg de três ruas, metade de lojas free-shop com muitas joalherias e lojas de moda de grifes internacionais.
Ficamos hospedadas em Maho Beach, do lado holandes, bem ao lado do aeroporto. No dia seguinte à nossa chegada, ainda do hotel, desvendamos o porquê da freada brusca: o aeroporto é pequeno, começa numa praia e acaba numa lagoa, seguida de um morro. A chegada dos aviões na praia é impressionante e  a internet hoje em dia está cheia de imagens deste Princess Juliana Airport. Desce até Jumbo. “Meninos, eu ví...”
A volta, depois de uma semana, também foi preocupante: como a ilha é free-shop a turma exagerou nas compras. Até geladeira e televisão foram embarcados. Ficamos horas na fila do check-in esperando o pessoal despachar suas compras e aí começou o problema: embarcamos e recebemos a notícia de que o avião estava muito pesado para levantar vôo e a solução foi abastecer só uma das asas pois como o aeroporto tem o morro no final a subida tem de ser muito íngreme. A brasileirada animada sugeriu cavar o morro.
Rezamos para subir e tivemos de fazer escala inesperada nas Islas Margueritas, com aeroporto bem mais civilizado. Fizeram o abastecimento restante com todos os passageiros dentro do avião o que, até onde sei, é contra todas as normas de segurança.
No fim deu tudo certo se desconsiderarmos as muitas horas de atraso da nossa volta ao Brasil. 

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